Dizem alguns que uma placa de aviso é um simples objeto de madeira ou metal, pendurado ou espetado em algum local, com o objetivo de orientar os humanos. Eu discordo. Placas de aviso são muito mais do que isso. Arrisco dizer: são o retrato fiel do estado de espírito de uma civilização!
Vejamos, por exemplo, uma placa colocada ao lado de uma rua de Santa Rosa, na Califórnia (EUA): “Perigo. Cuidado com a polícia. Os agentes do xerife estão cometendo crimes nesta área”. Não menos sugestiva é uma placa afixada diante de uma repartição pública da cidade de Chennai Docks (Índia): “Por favor, não corrompa ninguém”.
E as placas de trânsito? Em Devore, na California (EUA), uma delas, colocada diante de um estacionamento destinado a deficientes físicos, trazia uma ameaçadora mensagem: “Se você estacionou aqui sem ser deficiente, pode ser que seja ao sair”. Não menos horripilante é um aviso colocado diante de um estacionamento de Hazyview: “Somente para alemães. Outros levarão tiro”.
Há também aquelas placas destinadas a poupar vidas. Que o digam os habitantes da cidade de Uttaranchal, na Índia, onde existe uma placa com os seguintes dizeres: “O rio Ramganga é habitado por crocodilos. Nadar é proibido. Os sobreviventes serão processados”. Falando em natação, em Siem Reap, no Camboja, há uma placa dizendo “não nade se você não souber nadar”.
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Também é para os nadadores a placa colocada em uma praia de Sister Bay (EUA): “não se afogue”. Não menos curiosa é uma outra, colocada sobre uma ponte da cidade de Amador County, na Califórnia (EUA): “Rio seco. Não mergulhe”. E há também uma importante placa localizada no Colorado (EUA), alertando o público daquele Estado que “em caso de enchente deve-se procurar um lugar alto”.
Existem também as placas confusas. Começo por uma localizada na entrada de um clube de Bristol, na Inglaterra: “Se você aparentar ter menos de 21 anos, será convidado a provar ter mais de 18”. Já no Colorado (EUA), uma placa colocada em um parque proibia a entrada de “loucos de qualquer tipo”. Complementa-a uma outra localizada em Hermanus, na África do Sul, segundo a qual “estupidez não é doença”.
De toda sorte, voltando aos confusos do planeta, em Oxford, na Inglaterra, há uma placa avisando que “as escadas não são adequadas para usuários de cadeiras de rodas”. E em Beijing (China) outra aconselhava as pessoas a “cuidarem bem de suas propriedades pessoais em caso de perda”. Vem da mesma cidade uma não menos curiosa placa, colocada na entrada de um clube: “Proibido entrar com drogas e armas nucleares”. Já em Milford, na Pensilvânia (EUA), uma outra avisa: “Cemitério. Proibido caçar”.
Não menos curiosa é uma placa colocada no sistema de transporte público de Atenas, na Grécia, informando que nos horários de pico “pode ser necessário que você deixe outras pessoas sentarem em seu colo”.
Concluo com aquelas placas sombrias e tenebrosas. Nesta categoria merece destaque uma, localizada em Knysna, na África do Sul, que, exibindo uma pavorosa caveira no centro, avisa: “Há vida após a morte? Passe daqui e descubra”. Mas talvez a pior de todas venha de Washington Island (EUA). Colocou-se uma placa diante de um terreno particular, com o aviso de que “invasores serão estuprados”.
Diante de todas estas placas, fico a pensar em uma frase atribuída a William Shakespeare: “é uma infelicidade da época que os doidos guiem os cegos”.
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