Não bastam as oscilações positivas na economia para abdicarmos das lutas pela transformação da nação brasileira. Podemos produzir mais, gerar mais empregos, mas ainda haverá milhões de brasileiros nas favelas, chacoalhando horas e horas num transporte público péssimo. Ainda haverá milhões de mulheres mal atendidas nas maternidades, idosos ameaçados pela atual reforma da Previdência, o extermínio de nossa juventude pobre e negra, e a renda do trabalho, formal ou não, se arrastando em percentuais irrisórios da riqueza nacional.
E o poder? Estará nas mãos de poucos, filhos e netos das velhas oligarquias, cidades e estados inteiros sob o domínio dos que se eternizam no comando da administração pública, famílias cujos patrimônios só fazem crescer a cada gestão enquanto os indicadores sociais do povo dessas cidades e desses estados patinam entre os piores do País e do continente.
Por isso não podemos calar e as desigualdades não podem ser maquiadas, esquecidas ou omitidas, as engrenagens que geram a concentração da riqueza e do poder no país não podem permanecer intocáveis, com meros ajustes no que produzem para cada brasileiro.
Necessitamos de mais democracia, direta, efetiva, consciente, não um simulacro que se repete a cada dois anos numa urna eletrônica, enquanto as decisões mais importantes, aquelas na economia e nas políticas sociais, são tomadas à margem do conhecimento e da opinião do povo. As elites complicam o discurso econômico para divorciá-lo do cidadão comum e mesmo das classes médias letradas, mas alienadas dos rumos de seu próprio país. Nessa empreitada associam-se poderosos veículos de comunicação, consultores financeiros e até, pasmem, centros universitários, por exemplo, vendendo à opinião pública a farsa do tal “impostômetro”, o ataque virulento à carga tributária, omitindo, óbvio, para fazer valer seus interesses, a natureza dos impostos e contribuições vigentes, suas alíquotas, bem como quem atingem equem passa ao largo de suas normas.
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Após 2016 vimos que os arautos da ética estavam apenas fantasiados enquanto tal tamanha a relação de seus líderes com a corrupção, denunciados pela Procuradoria-Geral da República. O patronato pró-impeachment teve alguns dos seus líderes também regiamente financiados em campanhas pelas maiores empreiteiras do caixa dois.
Hoje, na agenda de seus interesses, o boleto que Temer tenta pagar em troca do apoio deles recebido ao golpe, quer mais da riqueza para si, na produção e nas finanças públicas. Por isso ataca as leis trabalhistas, a Previdência atual e os gastos sociais, em nome da sustentabilidade da dívida pública por dentro do PIB.
Nosso rumo para sair disso é pela esquerda, num novo projeto, pelas reformas estruturais, pela progressividade da tributação, por mais democracia direta, pela profissionalização do estado e sua capacidade de planejamento e investimento retomados.
A desigualdade e a violência que nos assolam não são obras do acaso, mas da omissão e do descaso de quem se esquiva de enfrentá-las adequadamente. Eis nosso dever cidadão.
Quanto mais esquerda, mais crimes (70.000 homicídios por ano, fruto de políticas de esquerda), mais carga tributária (trabalhamos quase 6 meses por ano para o governo), mais Estado (máquina pública inchada, ineficiente e destrutiva) e menos liberdade individual, empreendedorismo e tempo para a família porque temos que trabalhar cada vez mais para sustentar a camada vagabunda e imprestável da sociedade. Esquerdista é filho de chocadeira, nasce do ovo, portanto não tem família, nesse caso, pra que tempo, não é mesmo ? O grande líder esquerdista está com os pés dentro da jaula, porém insisto que não adianta prendê-lo e deixar seus eleitores soltos porque a bandidagem se multiplica mais rápido do que células cancerosas.