Por um nome, a recontagem das assinaturas do requerimento de prorrogação dos trabalhos da CPI dos Correios, encerrada há pouco, garantiu a continuidade das investigações até abril de 2006. A comissão concluiria seus trabalhos no dia 11 de dezembro. Durante a checagem das assinaturas retiradas, hoje de manhã, verificou-se que 171 assinaturas de deputados e 35 de senadores subscreveram o documento, acima do mínimo de um terço de nomes necessários em cada Casa.
A contagem preliminar divulgada ontem à noite dava conta de que 170 deputados subscreveram o documento, com o recuo de 67 deles. Pelo regimento, eram necessárias pelo menos 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
Contudo, a checagem das assinaturas feita pelos funcionários da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara constatou que foram retiradas 66 assinaturas de deputados. No Senado, foram mantidas as 35.
A Secretaria Câmara fez a conferência a pedido da Mesa do Senado. O secretário-geral da Câmara, Mozart Vianna, explicou que os funcionários da Casa fizeram esse trabalho a partir de um livro em que se encontram três modelos de assinatura de cada deputado.
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“Impressão de Maracutaia”
O deputado Alberto Fraga (PFL-DF) acompanhou o trabalho de recontagem, a pedido do líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ). Os oposicionistas não queriam que os funcionários da Câmara sofressem qualquer tipo de pressão na hora da conferência dos nomes.
Fraga criticou os parlamentares que retiraram suas assinaturas. “Eles passam a impressão de maracutaia e negociata com o governo. Não fica bem para o Parlamento, é um constrangimento”, afirmou. Ele disse ainda que, quando o governo adota uma postura dessas, de convencer deputados a retirar suas assinaturas, mostra que tem o que temer.
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