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Cassado por abuso do poder econômico e político em 2008, Cássio alegou que, como pairam suspeitas contra Protógenes, ele não poderia participar de uma CPI mista que, em tese, poderia investigá-lo. “É fato por todos conhecido e amplamente divulgado pela imprensa brasileira que o deputado Protógenes Queiroz foi flagrado com diversas interceptações telefônicas realizadas durante a operação Monte Carlo. Em alguns desses diálogos, ouve-se o parlamentar combinando encontros com o senhor Idalberto Matias Araújo, vulgo Dadá, em situação que denota clara cumplicidade entre ambos, a ponto de o parlamentar orientar o ‘araponga’ acerca de depoimento que prestou na Polícia Federal, em circunstâncias ainda não devidamente esclarecidas”, leu Cássio Cunha Lima.
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Ele acrescentou que o deputado “é direta e pessoalmente interessado no objeto da investigação” que será realizada pela CPI.
No entanto, o presidente do colegiado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), rejeitou o pedido de impedimento alegando que não tem a prerrogativa de derrubar uma determinação regimental, em decisão conjunta de deputados e senadores. Para vetar a indicação de Protógenes, orientou Vital, o partido terá de apresentar um requerimento a ser votado em sessão do Congresso.
“Maldosa e derespeitosa”
Protógenes classificou a questão de ordem apresentada pelo PSDB como “absurda, maldosa e desrespeitosa” e contestou a argumentação do colega tucano dizendo que, desde o início das denúncias, começou o processo de coleta de assinaturas de adesão para a criação de um colegiado de investigação na Câmara, com mais de 200 assinaturas.
“Minha participação é legítima, legal e constitucional. Originalmente eu fui o autor do pedido de investigação contra o Cachoeira. É uma contradição me vincular a qualquer crime praticado pelo grupo dele”, disse. O deputado paulista ainda afirmou acreditar que a intenção do pedido seja deferir um ataque pessoal, pois ele é autor de um processo na Câmara contra o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), por vandalismo praticado em seu gabinete.
Sérgio Guerra e o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) arrancaram um cartaz da CPI da Privataria, defendida por Protógenes, da porta do gabinete do deputado paulista, como informou Leandro Mazzini na Coluna Esplanada, publicada no Congresso em Foco.
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