Os integrantes da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) escolhem nesta terça-feira (27) o sucessor de Rodrigo Janot no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). A eleição tem início às 9h e vai até as 18h. Oito subprocuradores-gerais da República vão concorrer a uma das três colocações da lista tríplice da ANPR. A Associação possui pouco mais de 1.200 procuradores aptos a votar em todo o país, entre os quais estão integrantes ativos e aposentados do Ministério Público.
A eleição ocorrerá por meio de sistema eletrônico, em computadores registrados para receber os votos, localizados na Procuradoria-Geral da República, nas Procuradorias Regionais da República e nas Procuradorias da República nos estados e nos municípios de todo País. O resultado será divulgado às 18h30.
Leia também
Os três mais votados pelos membros da ANPR serão indicados ao presidente da República, Michel Temer. Janot deixa o cargo em 17 de setembro e não concorrerá a um terceiro mandato. De acordo com a Constituição, o presidente da República pode escolher qualquer um dos mais de 1.400 procuradores da República em atividade para o comando da PGR.
O novo procurador terá pela frente a missão de conduzir a Operação Lava Jato, bem como as denúncias contra o presidente Michel Temer. Na noite de ontem, a PGR apresentou a primeira denúncia contra Temer por corrupção. Temer foi gravado por Joesley Batista, um dos donos da JBS, em março deste ano.
Na ocasião, durante um encontro no Palácio do Jaburu, o presidente avalizou de Joesley uma série de ilícitos, inclusive o pagamento de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e ao operador do PMDB Lúcio Funaro em troca de silêncio.
Desde 2003, no entanto, o nomeado é o mais votado pelos membros da ANPR. A listra tríplice foi criada em 2001 e é defendida pelos procuradores como um dos principais instrumentos de autonomia da carreira.
PublicidadeOs candidatos ao cargo de PGR são os subprocuradores Carlos Frederico Santos, Eitel Santiago de Brito Pereira, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, Franklin Rodrigues da Costa, Mario Luiz Bonsaglia, Nicolao Dino de Castro e Costa Neto, Raquel Elias Ferreira Dodge e Sandra Verônica Cureau.
O mandato do procurador-geral é de dois anos e a Constituição não prevê limite para recondução. O indicado passará ainda por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pela votação no plenário da Casa, na qual precisa obter aprovação por maioria absoluta dos parlamentares.
Leia também:
Candidatos à sucessão de Janot apoiam investigação contra presidente da República, diz jornal
Deixe um comentário