O presidente do PP foi apontado pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e pelo ex-diretor da empresa Walmir Pinheiro como beneficiário de cerca de R$ 2 milhões em propina. Em sua delação, Pessoa contou que mandou entregar R$ 1,5 milhão em espécie ao senador, em três parcelas, em 2014. Outros R$ 475 mil foram pagos, segundo ele, por meio de contratos fictícios com um escritório de advocacia.
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O delator contou ainda que repassaria mais R$ 256 mil ao parlamentar se não tivesse sido preso pela PF em novembro de 2014. O empresário disse que pagou propina ao senador porque tinha interesse em projetos do Ministério das Cidades, administrado à época pelo PP.
Em depoimento no inquérito a que responde no Supremo, Ciro Nogueira negou participar de corrupção. O senador declarou que “vem de família rica, com renda mensal conjunta com sua esposa que soma o montante mensal de aproximadamente R$ 200 mil e que possuem planos de saúde custeados pelo Senado e ela pela Câmara sem limites de gastos”. Ciro é casado com a deputada Iracema Portela (PP-PI).
Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o senador cometeu os crimes de corrupção passiva e 23 operações de lavagem de dinheiro. Outras quatro pessoas também foram denunciadas pelo procurador, inclusive Ricardo Pessoa. Janot pede, ainda, que Ciro seja condenado à perda da função pública violar seus deveres para com o poder público e a sociedade.
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