Segundo informações divulgadas no site da petrolífera, considerando-se os 11 primeiros meses de 2014, a produção média de petróleo da Petrobras aumentou 4,5% em relação ao mesmo período de 2013. Entre janeiro e novembro do ano passado, registrou-se aumento de mais de 10% do volume de produção mensal de petróleo. A empresa informa ter batido, no ano passado, recordes históricos de produção diária: 2,286 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em 21 de dezembro de 2014, em produção própria; 2,470 milhões de bpd no mesmo dia, no caso de produção brasileira incluindo a parcela operada para os parceiros; 700 mil bpd relativos à produção de exploração do pré-sal, em 16 de dezembro de 2014.
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A Petrobras e a norte-americana Conoco-Phillips foram as únicas corporações de capital aberto que conseguiram aumentar sua produção de petróleo nos nove primeiros meses de 2014. Enquanto a brasileira ampliou em 3,3% seu desempenho nesse nicho produtivo, a da congênere estrangeira atingiu menos de um ponto percentual (0,4%).
Em 2014, a Petrobras adicionou mais de 500 mil de bpd à capacidade de processamento de óleo, graças à entrada em operação de quatro unidades estacionárias de produção. Tal volume, continua a petrolífera, será progressivamente incorporado à produção padrão, com vistas a manter a ampliação da produção de óleo e gás em 2015. Por fim, a empresa ficou em quarto lugar no ranking mundial quando, além do petróleo, considera-se a produção de gás.
Efeitos da corrupção
Sem ainda ter divulgado seu balanço anual referente a 2014, em razão da dificuldade em precisar o rombo provocado nas receitas pelo dinheiro desviado, a empresa tem enfrentado forte desvalorização no mercado financeiro internacional desde o surgimento das denúncias de corrupção. Além disso, diante da credibilidade abalada junto à comunidade de comércio exterior, a petrolífera começa a enfrentar impasses relativos à captação de investimentos.
Estimativas de operadores do mercado financeiro dão conta de que os prejuízos causados à empresa pela corrupção estão na ordem das dezenas de bilhões. Um dos primeiros prognósticos desse tipo foi feito em novembro do ano passado pelo banco norte-americano Morgan Stanley, que apontou aos seus investidores uma estimativa de perdas da Petrobras em até R$ 21 bilhões, com impacto significativo nos lucros. O rombo provocou redução no pagamento de dividendos para investidores e na procura por ações da empresa no curto prazo.