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Durante sue depoimento, Rodrigues afirmou que a compra foi efetuada mediante o pagamento de R$ 1,4 milhão, pago em três cheques – dois de R$ 400 mil, e o outro de R$ 600 mil. De acordo com o delegado, o sobrinho de Cachoeira, Leonardo Almeira Ramos, foi quem assinou os cheques. A casa em questão é a mesma onde Carlinhos Cachoeira foi preso, em 29 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo.. Ele morou no imóvel por três meses.
“Até onde eu estive presente, a informação dá conta que a casa em que Carlos Cachoeira foi preso pertencia anteriormente a Marconi Perillo. Logo, foi uma casa vendida por Marconi Perillo a Carlos Cachoeira”, informou o senador Paulo Teixeira (PT-SP).
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AC), o delegado também confirmou que a relação de Perillo com Cachoeira era “muito próxima”, de acordo com o depoimento do delegado. Segundo o senador, o inquérito da Operação Monte Carlo flagrou mais de 200 citações do nome do governador nas gravações telefônicas da quadrilha interceptadas pela Polícia Federal.
Paulo Teixeira disse ainda que o delegado revelou que uma caia de computador contendo R$ 500 mil foi entregue a um assessor especial de Perillo dentro do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano.
Na semana passada, o governador de Goiás afirmou em entrevista ao jornal goiano O Popular, que a casa havia sido vendida para o empresário Walter Paulo, dono da faculdade Padrão. No dia seguinte, o empresário confirmou ao mesmo jornal ter comprado a casa do governador. No entanto, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a escritura do imóvel registra a empresa Mestra Administração e Participações como compradora, que nunca teve Walter Paulo em seu quadro societário.
Para parlamentares da base governista, as informações prestadas hoje pelo delegado urgenciam a presença de Marconi Perillo na CPI. Segundo os integrantes da CPI, o delegado, de fato, reforçou que eram fortes os vínculos entre o bicheiro e o governador goiano. Segundo o delegado, a relação com Perillo era mais próxima que a relação com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), também citado nas investigações. “A relação com Marconi era marcada com marca-texto, a de Agnelo, não”, disse o delegado. Os parlamentares da CPI, porém, cogitam ouvir em depoimentos tanto Marconi quanto Agnelo.
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