Escalado para encerrar o ato em Brasília neste domingo (13), o pastor Silas Malafaia foi brindado com vaias ao ter o nome anunciado no trio elétrico. Num pronunciamento de poucos minutos, ele disse que o “povo brasileiro não pode ser roubado por esses vagabundos” e vai “botar essa cambada fora”. Antes que as vaias aumentassem, o locutor anunciou a execução do Hino Nacional, dando em seguida o sinal para o encerramento da manifestação.
Malafaia chegou à Esplanada dos Ministérios com os deputados Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), Osmar Terra (PMDB-RS), João Rodrigues (PSD-SC) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Acompanhado de suas famílias e vigiados por seguranças, os líderes foram saudados por apoiadores, tiraram fotos e puxaram gritos de “fora PT” enquanto estiveram na rua. “É o dever de qualquer cidadão minha gente, vamos lutar”, afirmou Malafaia antes de subir no trio elétrico.
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Bolsonaro, que deixou o PP com a perspectiva de se sair candidato a presidente, era chamado de “mito” por onde passava e era muito solicitado para posar para selfies. Entre gritos de “Lula na cadeia”, ele afirmou que veio como “cidadão” e disse que o ato demonstra a “insatisfação” do povo com o governo. Com a camiseta ostentando as palavras “Direita já”, Bolsonaro discursou no trio elétrico em frente ao Congresso, mas quando a maioria dos manifestantes ainda não se encontrava no local. Foi bastante aplaudido.
O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) também esteve presente. Apesar de os organizadores terem anunciado que Marco Feliciano (PSC-SP) participaria do evento, ele não apareceu.
Sóstenes Cavalcante saiu em defesa de Malafaia. Segundo ele, o “pastor Silas estava na manifestação como um cidadão”. Ele destacou a importância de líderes religiosos participarem de atos políticos – a exemplo do bispo auxiliar de Aparecida do Norte (SP), Dom Darci Nicioli, que em recente homilia pregou o combate “àqueles que se autodenominam jararacas” – e acrescentou que o protesto de hoje foi o maior já visto na capital federal.
A manifestação convocada pelos grupos Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL) reuniu cerca de 100 mil pessoas em Brasília, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal. Já os grupos organizadores divulgaram a estimativa de que 200 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios para pedir o fim do governo Dilma Rousseff.
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