Governo discrimina aposentados, diz Paim
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Veja a íntegra da entrevista do senador Paulo Paim
Na entrevista, o senador disse que os aposentados são tratados com “certa discriminação” pelo governo e cobrou o fim do chamado fator previdenciário, fórmula matemática que reduz de 35% a 40% os benefícios pagos ao trabalhador. “Falo da discriminação que existe neste país contra os aposentados e pensionistas, da forma como o Ministério da Fazenda faz um terrorismo, para não permitir que se garanta reajuste para os aposentados e o fim do fator. Falo que tem dinheiro para tudo nesse país, só não tem para o idoso”, reafirmou o senador, em seu discurso desta tarde.
Paim disse ao Congresso em Foco, na semana passada, que o governo tem dinheiro para todas as áreas, exceto para os aposentados. “Há uma certa discriminação em relação à pessoa idosa. Só esses trabalhadores não têm direito sequer a reajuste”, criticou. Ele adiantou à reportagem que, para o próximo ano, quando as propostas de interesse dos aposentados voltarem a ser discutidas, vai estimular mobilizações populares com as centrais sindicais. Segundo ele, só assim os deputados terão coragem de enfrentar o governo, que pressiona para manter a redução condicionada no valor dos benefícios.
Nesta segunda-feira, o senador pediu à presidência do Senado que incluísse nos Anais da Casa a entrevista concedida por ele ao Congresso em Foco. Veja o que Paim disse em seu discurso a respeito da entrevista:
Publicidade“Primeiro, Sr. Presidente, eu queria que ficasse nos Anais da Casa entrevista concedida por mim ao site Congresso em Foco, ao jornalista Fábio Góis, em que falo da independência do Legislativo, falo do recuo da Câmara, que não votou o fator previdenciário, falo do reajuste dos aposentados, falo de quanto seria importante o Congresso votar o fim do voto secreto, aqui, para que cada um assuma as suas posições sem, eu diria, ser acobertado – porque não é nem protegido – pelo voto secreto, onde ninguém fica sabendo quem é quem nas votações, como, por exemplo, dos vetos.
Falo que tem que haver uma mobilização grande do movimento sindical, das centrais, das confederações, senão as coisas não acontecem aqui no Congresso. Falo, e dei entrevista na quinta e saiu na sexta, das minhas preocupações com a CLT, que completa 70 anos, e a todo o movimento para flexibilizar o direito dos trabalhadores e, hoje, está inclusive sendo publicada essa visão, contrária à minha, sobre a CLT, em digo que, em 2013, se não houver uma grande mobilização, se o rufar dos tambores nas ruas não for ouvido aqui em Brasília, estarão em risco os direitos básicos dos trabalhadores que estão na CLT e, também, na Constituição. Falo da discriminação que existe neste país contra os aposentados e pensionistas, da forma como o Ministério da Fazenda faz um terrorismo, para não permitir que se garanta reajuste para os aposentados e o fim do fator. Falo que tem dinheiro para tudo nesse país, só não tem para o idoso.
Quero dizer que vim à tribuna, porque alguns tentaram dizer que eu não teria dito aquilo e que foi uma obra do jornalista. Coisíssima nenhuma! Tudo que está ali fui eu que disse e o jornalista foi íntegro, publicou matéria gravada, e produziu na íntegra o que realmente penso e o que eu digo.”
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