Com prisão preventiva decretada ontem (21) pela Justiça, o empresário Fernando Antonio Falcão Soares, mais conhecido como Fernando Baiano, declarou à Polícia Federal que começou a fazer negócios com a Petrobras ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2000. Apontado como operador do PMDB no esquema de fraudes de licitações e cobrança de propina na estatal, Fernando disse que ajudou, na época, uma empresa espanhola a firmar com a Petrobras um contrato de gestão de manutenção de termelétricas.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, ele declarou que foi no governo FHC que conheceu o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, autor do documento considerado tecnicamente falho pela presidente Dilma que embasou a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Os investigadores suspeitam que Fernando tenha atuado nessa área internacional, o que ele rechaça. O empresário disse que soube apenas recentemente que Cerveró era indicação política do PMDB e que achava que o ex-diretor era vinculado ao PT.
Ainda segundo o Estadão, Fernando Baiano negou ser operador de “qualquer partido político”, mas admitiu que pediu ao doleiro Alberto Youssef, principal alvo da Operação Lava Jato, que fizesse doações para campanhas políticas. Ele também contou manter duas contas “declaradas” no paraíso fiscal de Liechtenstein, na Europa.
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Fernando disse ainda que o empresário Júlio Camargo, ligado à Toyo Setal Empreendimentos e um dos delatores do esquema, lhe deve US$ 20 milhões por negócios relacionados a sondas de perfuração.
Leia a íntegra da reportagem do Estadão
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