Enquanto o candidato do PSDB, Aécio Neves, e a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), optaram por um último programa eleitoral em tom emocional, com cenas festivas de toda a campanha, a ex-senadora Marina Silva (PSB) destoou dos adversários. A candidata do PSB usou seu último minuto do programa para contra-atacar a adversária petista. O espaço foi quase todo dedicado a rebater a campanha de desconstrução de sua imagem.
“Quem não foi nem vereadora e vira presidente do Brasil não entende isso [importância do programa de governo]. Come pela boca do marqueteiro, come pela boca do assessor. Não me venha chamar de mentirosa. Mentira é quem diz que não sabe que tinha roubo na Petrobras, mentira é quem diz que não sabe o que está acontecendo na corrupção desse país”, disse Marina em alusão ao fato de Dilma ter chegado à Presidência na primeira eleição que disputou na vida.
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Dilma, Aécio e Marina usaram o último programa do horário eleitoral para tentar rebater suas eventuais fragilidades, apontadas pelos oponentes. Aécio Neves apareceu ao lado da família. Com a esposa Letícia, os filhos Bernardo, Júlia e Gabriela, ele relembrou sua origem e sua atuação ao lado do avô, o ex-presidente eleito Tancredo Neves, buscando se desassociar da imagem de boemia. Ele também passou a mensagem de que acredita na possibilidade de chegar ao segundo turno, superando Marina. O seu vice, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), lembrou que era apenas o terceiro colocado, de acordo com as pesquisas, dias antes de se tornar o senador mais votado da história do país, com 11 milhões de votos.
Dilma Rousseff recorreu ao seu maior cabo eleitoral, o ex-presidente Lula. Os dois conversaram sobre as possibilidades de crescimento do Brasil nos próximos anos. A petista prometeu por em curso o programa Brasil sem Impunidade. Desde que a Polícia Federal apontou a existência de um esquema de corrupção na Petrobras, a presidente passou a ser questionada pela oposição sobre a atuação de seus subordinados.
O ex-presidente Lula entrou em diversos trechos do horário eleitoral de sua candidata com mensagens de otimismo, de melhora nas condições sociais e econômicas do Brasil. Segundo ele, Dilma é a melhor opção para a manutenção das “conquistas dos últimos 12 anos”.
Ao ataque
Já Marina Silva elevou o tom para demonstrar força e afastar a imagem de fragilidade. Sem citar seu antecessor na cabeça da chapa, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), a candidata levantou uma plateia de correligionários que a aplaudiam enquanto ela atacava a adversária. “Quando fui para a cidade, ganhei um diploma. Voltava para o meu seringal e via minha família falando um português errado, essa música martelava na minha cabeça…Marina, respeita os oito baixos do teu pai”, disse a candidata no momento de maior emoção do programa.
Postulante do PV ao Palácio do Planalto, Eduardo Jorge pediu que neste primeiro turno as pessoas votem com o coração na melhor candidatura. Destacou também que, se bem votado no primeiro turno, o PV pode dar voz às suas ideias ambientais no segundo turno, apoiando uma das candidaturas em jogo.
Luciana Genro (Psol) agradeceu aos eleitores e se dirigiu especialmente aos jovens brasileiros, que, segundo ela, estão mais esperançosos com a mudança do Brasil. “Nós não nos contentamos com o sistema. Queremos uma democracia real e uma sociedade livre da opressão de classe”, destacou.
Candidato do PSTU, Zé Maria usou seu tempo para se queixar de não poder participar do debate promovido pela TV Globo que acontecerá na noite desta quinta-feira (2). Já Levy Fidélix (PRTB) e Pastor Everaldo (PSC) reafirmaram seus compromissos com o eleitorado mais conservador, reforçando que são contra a união entre pessoas do mesmo sexo, a descriminalização das drogas e o aborto.
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