Ao ser questionado se estaria enquadrado na Lei da Ficha Limpa, por causa de uma condenação em 4 de novembro de 2013, Maluf disse que estava a apto a participar das eleições de 2014 e perguntou de onde era o título de eleitor da jornalista. Quando ela respondeu que era de São Paulo, ele emendou: “Veja, então, o meu número é 1111. Te convido a votar num bom candidato, que sou eu” (veja a entrevista).
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Segundo a denúncia da Procuradoria Regional Eleitoral, acolhida pelo TRE-SP, o deputado contrariou a Lei das Eleições, que determina que a propaganda eleitoral só pode ser feita a partir do dia 5 de julho do ano das eleições. Em novembro do ano passado, Maluf foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo à suspensão dos direitos políticos por cinco anos por improbidade administrativa e também ao pagamento de multa no valor de R$ 42,3 milhões
Pela Lei da Ficha Limpa, ficam inelegíveis nos oito anos seguintes à condenação aqueles que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. A repórter do UOL questionou se, com a condenação, Maluf estava inelegível com base na Ficha Limpa.
Segundo o procurador regional eleitoral André de Carvalho Ramos, o deputado também fez propaganda eleitoral antecipada em sua página na internet, ao publicar notícia, logo após a condenação, de que só não disputaria um cargo no Executivo em 2014 por causa de sua idade avançada. Além de anunciar a sua candidatura, diz o procurador, o ex-prefeito informou o número com o qual pretende concorrer nas eleições e colocou-se como um “bom candidato”, destacando os feitos de suas anteriores gestões.
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