O deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) não comentou o fato de estar investigado por “possível participação” no golpe da creche. Sua assessoria não retornou os recados deixados pelo Congresso em Foco a partir de quinta-feira (28) para comentar o inquérito 3421 do Supremo Tribunal Federal.
Porém, o deputado já disse em outras ocasiões não ter envolvimento com as fraudes praticadas por uma quadrilha que, segundo as investigações, teve como chefe o ex-motorista de Mabel Francisco José Feijão de Araújo, o Franzé. Em documento entregue à Justiça de Goiás, em julho de 2010, os advogados do parlamentar dizem que Mabel foi “vítima” de Franzé, que seria integrante de um “esquema de desvio de dinheiro”. “(…) o Requerente também foi vítima, pois (…) nunca poderia imaginar que ele poderia fazer parte de tal esquema de desvio de dinheiro”, diz o texto.
O deputado também disse não haver problema em ter ajudado Franzé a comprar um carro, pois tem o costume de ajudar pessoas. “Essa ajuda não tem relação alguma com o caso investigado e partiu da vontade do Autor, que tem o costume de ajudar seus funcionários, haja vista que o carro seria utilizado também pelo Autor”, disse Mabel, por meio de seus advogados.
Frases: Tudo o que Mabel e Veloso já disseram sobre o golpe da creche
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“Por menor que seja”
Em 2010, quando a Câmara admitiu existir uma “quadrilha” dentro do Legislativo, o então presidente da Casa, o hoje vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), isentou Mabel de qualquer culpa no episódio. Antes mesmo da conclusão do inquérito, Temer defendeu o colega. “(…) não há, em nenhum dos inquéritos instaurados pelo Departamento de Polícia Legislativa, qualquer indício, por menor que seja, de envolvimento de parlamentar”, disse ele.
Um ano depois, Mabel lançaria sua candidatura à presidência da Câmara pelo PR, contrariando o desejo do partido. Por conta do episódio, ele deixou a Liderança do partido na Câmara. Depois, deixou o próprio PR. E foi se filiar ao PMDB, cujo presidente licenciado é Michel Temer.
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