Segundo dados divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxas de 5,58% no ano e de 6,56% no acumulado de 12 meses – pouco acima, portanto, do teto da meta estipulada pelo governo (6,5%).
Os alimentos foram os principais responsáveis pela inflação de novembro, com variação de 0,77%. O produto que mais contribuiu para a alta foram as carnes, que ficaram 3,46% mais caras no mês.
Outras despesas que pesaram no bolso do consumidor em novembro foram os gastos com habitação (0,69%), transportes (0,43%), saúde e cuidados pessoais (0,42%) e despesas pessoais (0,48%). O único grupo de despesas com deflação (queda de preços) foi o de artigos de residência (-0,04%).
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A carne teve alta de preços de 3,46% em novembro e, pelo terceiro mês consecutivo, foi o produto que mais pressionou a inflação oficial. Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, o preço subiu ao longo de praticamente todo o ano de 2014.
Segundo ela, os principais motivos para a variação do presso foram a seca e os embates comerciais entre a Rússia e os Estados Unidos, que favorecem a exportação das carnes brasileiras. “No ano, a carne já aumentou 17%. A seca prejudica os pastos e faz com que o pecuarista compre mais ração, o que aumenta o custo. E as exportações do Brasil têm aumentado, principalmente para a Rússia, que deixou de comprar dos EUA para comprar do Brasil”, disse Eulina.
Outro alimento que teve impacto importante no IPCA de novembro foi a batata-doce, com alta de 38,17%, a maior taxa entre os alimentos pesquisados pelo IBGE no mês.
O custo dos combustíveis e da energia também pesaram no bolso do brasileiro. Ao ser reajustada no início de novembro, a gasolina ficou 1,99% mais cara para o consumidor. Já a energia elétrica teve alta de 1,67% devido ao aumento de impostos e reajuste de tarifas em algumas regiões metropolitanas.
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