Na audiência com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) e José Gomes Temporão (Saúde), a relatora da proposta que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), senadora Kátia Abreu, acusou o governo federal de gastar mais do que deve.
“Sou psicóloga. E percebo que o governo tem uma obsessão compulsiva pelo gasto, que precisa ser tratado urgentemente”, disse Kátia durante discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a prorrogação do tributo.
A relatora questionou os gastos públicos com a folha de pagamento. “Como o governo pode conviver com 24 mil servidores públicos contratados? Isso dá um servidor para cada 7,6 mil brasileiros. Nos Estados Unidos, são 4,5 mil servidores. É um para cada 66 mil norte-americanos. Na Alemanha é um servidor para cada 486 mil alemães”, exemplificou.
Kátia Abreu também pôs em xeque dados apresentados minutos antes sobre o rombo que seria provocado nos cofres públicos com a não-renovação da CPMF. Segundo a senadora, o governo recorreu a um discurso “terrorista” para tentar convencer os parlamentares de que a não-renovação da CPMF será trágica para o país.
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“Como um pai de família pode ganhar R$ 500 e gastar R$ 700? Ele tem três caminhos: vai comprar fiado, recorrer ao agiota ou cometer crime. O governo não pode fazer nenhuma dessas coisas. Então, ele vai direto no bolso do cidadão e tira o seu déficit”, criticou. (Edson Sardinha)
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