“De milhão em milhão, o Estádio Nacional Mané Garrincha caminha para apresentar à sociedade brasiliense uma fatura na casa dos R$ 2 bilhões”. A afirmação abre reportagem da edição deste fim de semana da revista Veja Brasília – encarte da Veja distribuído apenas na capital federal. O estádio será usado durante a Copa do Mundo no Brasil.
Segundo a reportagem, o governo do Distrito Federal, responsável pela construção e manutenção do estádio, fez 47 aditivos contratuais reajustando valores relativos ao projeto sem publicá-los no Diário Oficial.
Tais aditivos somam até agora R$ 123,3 milhões, dos quais R$ 118,6 milhões em favor das empreiteiras Via Engenharia e Andrade Gutierrez e R$ 4,73 milhões do consórcio Entap/Protende/Birdair, encarregado de fazer a cobertura do estádio.
Conforme a matéria da Veja Brasília, assinada por Lilian Tahan, a obra e o seu entorno já custam R$ 1,879 bilhão e continuam gerando novos desembolsos, embora a nova arena tenha sido inaugurada em 18 de maio de 2013.
A Coordenadoria de Comunicação para a Copa (Comcopa) informou à revista, em nome do GDF, que as 47 notas de empenho de reajustamento foram mera “atualização monetária”, e por isso não havia obrigação de torná-las públicas no Diário Oficial.
A Comcopa também contesta os números da Veja Brasília, alegando que o custo final do projeto é de R$ 1,4 bilhão. Para a Coordenadoria, não podem entrar na conta gastos com paisagismo e urbanização em volta do Mané Garrincha porque “são recursos para a cidade, para a área central, e não para o estádio em si”.
De acordo com a reportagem, a separação dos números é uma “manobra pouco convincente”, da qual o GDF lança mão para tentar “diminuir o desgaste decorrente do alto custo”.
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