Ainda sob a iminência de prisão do ex-presidente Lula, nos últimos dois dias, o cenário eleitoral de outubro para corrida eleitoral à Presidência da República, apesar das incertezas, foi se formando. Neste fim de semana, Marina Silva (Rede) oficializou sua pré-candidatura à Presidência. Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), não decidiu ainda se concorrerá, mas se filiou ao PSB e ensaia sua entrada na disputa. No PT, apesar de ainda tomados pela emoção da prisão de Lula na noite de ontem (sábado, 7), os líderes da sigla repensam a estratégia sem seu líder maior.
Pelo perfil parecido com o de Lula, Joaquim Barbosa é a aposta do PSB. O ex-ministro assinou sua ficha de filiação na sigla na sexta-feira (6), um dia antes do prazo final para que as legendas recebessem filiações de pessoas com pretensões de concorrer às eleições de outubro. O prazo encerrou ontem (sábado, 7).
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Já Marina Silva, que em dezembro do ano passado já havia anunciado sua pré-candidatura, se lançou novamente neste sábado (7) como pré-candidata à presidência da República pelo partido Rede Sustentabilidade. De acordo com a sigla, apenas neste sábado, a pré-candidatura foi oficializada. O evento foi durante o Congresso da Rede em Brasília.
A pré-candidata aproveitou a ocasião e o momento para comentar a situação do ex-presidente Lula. “O momento que estamos vivendo, que não é de celebração, é claro, é de tristeza. Um ex-presidente da República, poderia estar apto para fazer o que bem quisessem na política, sendo interditado pela Justiça, por erros”, apontou.
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No Partido dos Trabalhadores, apesar da sigla ainda insistir na candidatura de Lula, Fernando Haddad e o ex-ministro Jacques Wagner são apontados como possibilidades. No entanto, Jacques Wagner resiste na disputa e já anunciou que viajaria pelo país, se for preciso, disseminando a candidatura de Haddad.
Antes mesmo da condenação do ex-presidente Lula, o discurso dos membros da sigla é o de que o ex-presidente será candidato mesmo preso. O problema é que, com base na Lei da Ficha Limpa, Lula não poderia ser candidato por já ter sido condenado em segunda instância. Os líderes do partido ainda estudam recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela candidatura do petista.
O período para que convenções partidárias escolham as coligações e candidatos é entre os dias 20 julho e 5 de agosto. Os partidos terão até o dia 15 de agosto para registrarem no TSE os candidatos. A impugnação da candidatura só poderá ocorrer em setembro.
O ex-presidente se entregou à Polícia Federal na noite de ontem (Sábado, 7), após mais de 25 horas do término do prazo estabelecido pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, para que ele se entregasse espontaneamente. O mandado de prisão foi expedido por Moro na noite de quinta-feira (5), após receber comunicado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
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