Quem chega e quem já deixou a Câmara
Dentro da Câmara existe a expectativa de que o número de suplentes que vão assumir o mandato em definitivo ou de forma temporária chegue aos 34. Por enquanto, somadas as renúncias e licenças, as mudanças somam 31. De acordo com informações da Casa, dois suplentes ainda não tomaram posse, o que deve ocorrer nos próximos dias.
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O último deputado a se licenciar do cargo foi o ex-vice-líder do DEM na Câmara Pauderney Avelino (AM). Cotado para assumir a liderança da bancada neste ano com a eleição de ACM Neto como prefeito de Salvador, ele deixou o cargo temporariamente na sexta-feira. Pauderney vai assumir a Secretaria de Educação de Manaus na administração do tucano Arthur Virgílio. O deputado do DEM também disputou a eleição em Manaus, mas acabou ficando fora do segundo turno.
Por enquanto, seu suplente ainda não tomou posse. O substituto tem 72 horas para informar à Câmara se assumirá o cargo ou não. Em 2010, Pauderney foi eleito por uma ampla aliança proporcional que juntou 12 diferentes partidos, indo do DEM ao PCdoB. Por isso, a expectativa é que seja convocado Eronildo Braga Bezerra (PCdoB).
O representante do PCdoB, que teve 80.545 votos em 2010, é casado com a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), derrotada no segundo turno da eleição em Manaus por Virgílio. Caso Bezerra decida não assumir, a Câmara convocará o próximo suplente, Plínio Valério (PSDB). Ele também terá três dias para se decidir. Os contatos são feitos até o 11º suplente da coligação.
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Outro que se licenciou e ainda não tem substituto é o deputado José de Filippi (PT-SP). Prefeito de Diadema (SP) em três oportunidades e tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff, o petista foi convidado para assumir a Secretaria de Saúde da prefeitura de São Paulo. Apesar de ser engenheiro de formação, ele aceitou o convite de Fernando Haddad para compor o primeiro escalão da administração paulistana.
Pela lista de suplentes da coligação encabeçada pelo PT em 2010, o primeiro a ser convocado seria Helcio Antonio da Silva (PT-SP). No entanto, ele foi eleito vice-prefeito de Mauá (SP) e pode recusar a indicação. Os próximos da lista são Renato Simões (PT-SP) e Gustavo Petta (PCdoB-SP). Petta, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), elegeu-se vereador em Campinas.
Não é apenas o ex-prefeito de Diadema que deixou a Câmara temporariamente para assumir uma posição na prefeitura de São Paulo. Líder do PT no ano passado, Jilmar Tatto (SP) deixou o mandato para assumir a Secretaria de Transportes, cargo que ocupou no mandato da petista Marta Suplicy. No lugar dele assumiu a ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP).
Operação da PF
Uma das mudanças trouxe de volta à Câmara um personagem que passou por momentos de constrangimento em 2011. A saída de Maurício Trindade (PR-BA) para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social em Salvador resultou na posse de Colbert Martins (PMDB-BA) na última quinta-feira (3). Ex-secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert passou seis dias na cadeia por causa da Operação Vaucher, da Polícia Federal.
A operação investigou um convênio do ministério com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), uma organização sem fins lucrativos, para capacitação de pessoas. A operação resultou na prisão do secretário-executivo da pasta, Frederico Silva da Costa, do ex-presidente da Embratur Mário Moysés e de Colbert Martins. Eles pagaram fiança e foram soltos.
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Após assumir o mandato como suplente, ele disse não estar constrangido e que está seguro da sua inocência. O peemedebista ainda não teve seu caso analisado pela Justiça. Assim como ele, outros assumiram o mandato sob suspeita. Além de José Genoino (PT-SP), condenado a seis anos e 11 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, um responde por homicídios e dois são acusados de trabalho escravo, como mostrou o Congresso em Foco.
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Por fim, o último a se licenciar é Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ). Também suplente, ele deixou o cargo para assumir a Secretaria Municipal de Governo do Rio. No seu lugar entrou o também peemedebista Fernando Lopes.
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