O dia da eleição do novo líder peemedebista ainda não foi definido. Picciani quer marcar para 3 de fevereiro o prazo para a formalização de candidaturas e para o dia 17 a eleição interna. Mas a ala dissidente ainda não aceitou esses procedimentos que, por prerrogativa prevista no regimento da Câmara, pertence ao líder. Essas datas só serão definidas depois, provavelmente no primeiro dia de funcionamento do Congresso depois do recesso, previsto para o dia 2 de fevereiro.
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Para a bancada do PMDB na Câmara, porém, não houve recesso. Os deputados aproveitaram as férias de mudança de ano para articular a eleição do líder. O presidente da Casa, Eduardo Cunha, tem despachado em seu gabinete e se reunido incessantemente com outros deputados do PMDB de oposição. Cunha definiu como prioridade derrotar Picciani na eleição para a liderança e, para isso, vem trabalhando por Motta. Os dissidentes acreditam que a terceira candidatura de Quintão pode ajudar a derrotar o atual líder. Na avaliação deles, o paraibano tem mais condições de tirar votos do fluminense. O grupo trabalha para evitar que Quintão e Motta briguem e acirrem a divergência na cúpula peemedebista.
Atualmente com 26 anos, Hugo Motta foi indicado Cunha no início do ano passado para presidir a CPI da Petrobras. Um de seus primeiros atos foi permitir que Cunha apresentasse uma defesa prévia à comissão, o que pegou os parlamentares de surpresa, logo após a inclusão do nome do presidente da Câmara na lista dos parlamentares suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras.
Inicialmente ligado a Cunha, Picciani se afastou do padrinho, ganhou independência e se aproximou do Palácio do Planalto. Terminou por se transformar no interlocutor preferido da presidente Dilma Rousseff junto ao PMDB, o que causou ciúmes políticos do vice-presidente da República e presidente nacional da legenda, Michel Temer, que revelou o incômodo com o papel de Picciani em carta-desabafo à presidente Dilma.
PublicidadeNa reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma na primeira semana de outubro, Picciani ganhou força. Ele indicou os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e o da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera. Tal intimidade política com o Planalto irritou a ala oposicionista do PMDB que passou a articular a saída do então líder.
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