Discutido até no Supremo Tribunal Federal, o aumento do Judiciário, que foi barrado pela presidenta Dilma Rousseff, foi o principal tema das eleições do Sindicato dos Servidores do Judiciário e do Ministério Público em Brasília (Sindijus-DF), o maior do país. Dos 120 mil funcionários da Justiça, 25 mil estão no Distrito Federal. Derrotada pelo grupo da situação, ligado ao deputado Roberto Policarpo (PT-DF), a Chapa 2 ameaça recorrer para garantir um segundo turno.
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“Todo mundo concorda com o aumento. O problema é que as pessoas da Chapa 2 querem mudar o perfil do aumento”, reclamou a coordenadora do Sindijus Ana Paula Cusinato, da Chapa 1. Ela se refere à proposta de pagar os funcionários por meio de subsídios – e não contracheques com “penduricalhos”, que geram supersalários segundo o ministro do Tribunal de Contas da União Raimundo Carreiro.
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O diretor administrativo da Chapa 2, Stanley Carvalho, disse que parte do grupo defende o subsídio, mas que isso não impede de discutir os projetos de lei em andamento no Congresso. “Nós queremos o aumento, mas queremos despartidarizar o sindicato”, afirmou ele ao site, referindo-se à predominância do PT na direção atual.
Discordância
De acordo com a atual direção do Sindijus, a Chapa 1 venceu as eleições com 2.263 votos, contra 1.969 da oposição. Mas a Chapa 2 afirma que o resultado não foi proclamado oficialmente. Caso isso seja feito, o grupo derrotado promete ir à Justiça para exigir um segundo turno, já que o grupo da situação não obteve 50% dos 5.095 votos.
Ana Paula afirma que o Estatuto do sindicato não prevê segundo turno. “Se eu tivesse perdido, não estaria tentando ganhar no tapetão”, provocou.
A chapa 2 ainda afirma que as urnas não circularam corretamente em locais onde eles tinham mais potencial de votos. “Em locais que concentravam votos da chapa 2, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a urna apareceu faltando uma hora para se encerrarem as eleições”, afirmou Stanley.
Ana Paula disse que houve uma organização própria da organização para que as 27 urnas circulassem de maneira a permitir que todos participassem. “A urna passou em todos os locais, mas não na hora que a pessoa quis”, disse
Importância
O que a situação, a oposição e a Federação Nacional dos Sevidores do Judiciário e Ministério Público (Fenajufe) concordam é que o parecer da Procuradoria Geral da República ajuda a categoria a buscar o rejuste, que vai custar R$ 7,7 bilhões por ano.
“É de muita importância para a gente. Estamos há sete anos sem aumento”, afirmou Stanley. “Isso é tudo o que a gente buscou em 2011. Antes tarde do que nunca”, contou o diretor do Sindijus Jailton Mangueira.
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