Reportagem – é o aprofundamento de uma notícia ou o mergulho em um fato importante, mesmo que não seja recente, em busca de revelações exclusivas. A reportagem, na acepção aqui utilizada, está no universo do “jornalismo investigativo”, que remete ao esforço para tornar públicos fatos relevantes que autoridades ou pessoas poderosas gostariam de manter ocultos. Uma boa reportagem requer pesquisas intensas, entrevistas com grande diversidade de fontes, reiteradas checagens e cuidado especial na apresentação do conteúdo final, que pode trazer complementos como vídeos, infográficos, mapas e painéis de visualização de dados. Também deve trazer – ou, no mínimo, tentar obter – as explicações de quem pode ter sua imagem arranhada pela sua publicação.
Aécio Neves foi o único tucano a falar pelo partido em plenário
Se por um lado os aliados de Dilma conseguiram usar toda a manhã desta terça (9) com questões de ordem, do outro, a base aliada do presidente interino Michel Temer trabalha para acelerar o andamento do impeachment no Senado. Ao todo, até as 19h, quinze senadores abriram mão dos dez minutos protocolares a que têm direito para discursar no plenário da Casa. O número de inscritos, que chegou a 55, chegou a 40 – e com tendência de queda.
Maior bancada do Senado, o PMDB – encabeçado pelo líder Eunício Oliveira (CE) – optou apenas por ler o voto. “Esta fase está consumada, mas na próxima (votação final) todos vão falar”, afirmou o senador ao Congresso em Foco. Segundo Eunício, “a grande maioria dos senadores já se declarou favorável à pronúncia”.
O PSDB, por sua vez, escolheu o presidente do partido, Aécio Neves (MG), para representar a legenda na tribuna e anunciar o apoio à saída de Dilma Rousseff. Unem-se a tucanos e peedembistas, ainda, os senadores Ana Amélia (PP-RS), Ciro Nogueira (PP-PI), Wilder Morais (PP-GO) e Zezé Perrella (PTB-MG).
Antes da investida dos aliados de Temer para acelerar a sessão, chegou-se a considerar a hipótese de interrupção da sessão. A ideia, a princípio proposta pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), teve o apoio de Lindberg Farias (PT-RJ), líder da oposição, mas foi abafada pela base do governo interino.
Senadores abdicam do uso dos holofotes para encerrar processo contra Dilma
O principal objetivo dos aliados do governo é evitar que o julgamento final seja adiado. “Se a pronúncia não for concluída hoje, provavelmente o julgamento final não começará em 25 de agosto – o que é prejudicial a todo o país”, afirmou Eunício. Segundo o líder, o PMDB trabalha com pelo menos 57 votos favoráveis ao impeachment nesta fase e pretende atingir mais de 60 no julgamento final, quando são necessários 54 para o afastamento definitivo de Dilma.
Após os discursos, serão apreciados os destaques apresentados pelos senadores. Só a partir dessa etapa o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que presidente a sessão do impeachment, poderá abrir votação.
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