Como desdobramento de sua edição anterior, a revista Veja deste fim de semana publica reportagem informando que, em maio de 2007, o então advogado da estatal junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Claudismar Zupiroli, encaminhou e-mail à então secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, em que manifesta preocupação com o fato de que o TCU estava, à época, fiscalizando a Petrobras por uso abusivo de decreto presidencial que permite gastos sem licitação. “Zupiroli informa que há um “voa barata” entre os gestores da Petrobras, que estavam “com medo do recrudescimento do tribunal em cima deles”, por causa das contratações sem licitação”, diz trecho do texto.
Na edição da semana passada, Veja demonstra que indícios da corrupção chegaram ao Planalto sem que providências efetivas tenham sido tomadas. A semanal veiculou mensagem eletrônica enviada pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema, à então ministra-chefe da Casa Civil, advertindo o Planalto a adotar uma solução política para as irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em três obras, ameaçadas de paralisação. Entre elas, a refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco. “O governo seguiu sua orientação”, diz a reportagem. O Planalto reagiu, em nota, acusando a revista de “manipulação jornalística”.
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Intitulada “A água está chegando ao pescoço”, a reportagem desta semana diz que também Erenice Guerra nenhuma providência tomou em relação aos sinais de que um esquema de corrupção estava em curso na estatal, capitaneado por Paulo Roberto e o doleiro Alberto Youssef, o operador financeiro das fraudes em contratos. Ambos fazem delação premiada à Justiça, no âmbito do inquérito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, para diminuir suas penas.
“Não há registro de que a principal conselheira de Dilma tenha tomado alguma providência no sentido de ao menos averiguar se havia algo errado. O que se viu foi que as contratações sem licitação continuaram a todo o vapor. O primeiro e-mail revelado por VEJA mostrou que o Planalto foi acionado por Paulo Roberto Costa para não deixar o TCU interromper as obras e, claro, a dinheirama sem licitação. A mensagem do advogado, bem mais explícita e eloquente, mandara o mesmo recado dois anos antes”, registra a reportagem deste fim de semana.
Confira trecho disponibilizado pela revista em sua versão online:
A água está chegando ao pescoço
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