A Câmara com o maior número de mulheres eleitas começa suas atividades com apenas uma deputada em cargo de liderança, a líder do PV, Leandre (PR). Os demais 21 líderes partidários escolhidos por suas respectivas bancadas são homens (veja a lista completa mais abaixo). Das 77 deputadas empossadas, a única que driblou o cerco masculino na Mesa Diretora foi Soraya Santos (MDB-RJ), que venceu a disputa pela Primeira Secretaria. Foi ela quem leu a mensagem presidencial enviada ontem (4) ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro. O número de mulheres eleitas para a Câmara cresceu 51% de 2014, quando 51 foram eleitas, para 2018.
A exclusão das mulheres é uma das características das novas lideranças da Casa. O continuísmo é outra. Embora tenha registrado um dos maiores índices de renovação sua história, a Câmara seguirá com velhos rostos à frente de seus partidos. As quatro maiores bancadas optaram por manter seus antigos líderes. Principais antagonistas na legislatura que começou na última sexta-feira (1º), PT e PSL serão liderados por Paulo Pimenta (RS) e Delegado Waldir (GO), respectivamente. O PP seguirá com Arthur Lira (AL), e o MDB, com Baleia Rossi (SP).Leia também
Calouros
Apenas quatro dos 22 partidos com direito a liderança na Câmara indicaram novatos para comandar suas bancadas: PTB, Podemos, Patriota e o estreante Novo. Escolhido por aclamação para liderar o Podemos, José Nelto (GO) é calouro no Congresso, mas acumula seis mandatos de deputado estadual e vereador em Goiânia. Filiado ao partido desde abril de 2018, foi por mais de 30 anos uma das lideranças do MDB em seu estado. Ele acredita que essas credenciais foram determinantes na decisão de seus colegas de alçá-lo ao cargo.
“Liderei a oposição em Goiás por 20 anos. Tenho experiência e recebi a confiança da bancada. Preciso retribuir com total transparência”, disse José Nelto ao Congresso em Foco. Segundo ele, o partido não fará parte da base do governo Bolsonaro, nem oposição. “Não haverá alinhamento automático. Não nos interessa ser base porque, como partido independente, nos fortalecemos mais”, explicou.Os outros três deputados estreantes que terão a missão de liderar suas bancadas são Marcel Van Hattem (Novo-RS), Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) e Fred Costa (Patriota-MG). Cabe ao líder expressar a posição do partido nas votações, participar das reuniões que definem a pauta do plenário, indicar e até retirar os representantes da legenda nas comissões. A liderança também é cobiçada pelos parlamentares pelo generoso número de cargos de confiança à disposição.
Veja a relação completa dos líderes partidários:
Câmara
Novo
Marcel Van Hattem (RS) – estreante
PT
Paulo Pimenta (RS)
PSL
Delegado Waldir (GO)
PP
Arthur Lira (AL)
PSD
André de Paula (PE)
MDB
Baleia Rossi (SP)
PR
José Rocha (BA)
PSB
Tadeu Alencar (PE)
PRB
Jhonatan de Jesus (RR)
PSDB
Carlos Sampaio (SP)
DEM
Elmar Nascimento (SP)
PDT
André Figueiredo (CE)
Podemos
José Nelto (GO) – estreante
PTB
Pedro Lucas Fernandes (MA) – estreante
Psol
Ivan Valente (SP)
PCdoB
Orlando Silva (SP)
Pros
Toninho Wandscheer (PR)
PSC
Gilberto Nascimento (SP)
PPS
Daniel Coelho (PE)
Avante
Luis Tibé (MG)
Patriota
Fred Costa (MG) – estreante
PV
Leandre (PR)
Blocos
Também definiram seus líderes dois dos três blocos constituídos na semana passada horas antes da disputa pela presidência da Câmara. O blocão que apoiou a reeleição de Rodrigo Maia (PSL, PP, PSD, MDB, PR, PRB, DEM, PSDB, PTB, PSC e PMN), que tem uma bancada de 301 deputados, será liderado por Elmar Nascimento (DEM-BA), também líder do DEM. Com bancada de 94 deputados, o Bloco PDT, Solidariedade, Pode, PCdoB, Pros, PPS, Avante, Patriota, PV e DC, por sua vez, será comandado por André Figueiredo (PDT-CE), líder do PDT. O bloco de oposição, formado por PT, PSB, Psol e Rede, que tem 97 deputados, ainda não indicou líder à Secretaria-Geral da Mesa.
O deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) foi formalizado líder do governo. Deverão ser indicados ainda os líderes da Minoria, da Maioria e da oposição.
Representantes
Pela votação que receberam e pelo número de deputados que elegeram, a Rede, o PMN e o Democracia Cristã (DC) terão apenas representantes: Joênia Wapichana (Rede-RR), Eduardo Braide (PMN-MA) e Luiz Antônio Corrêa (DC-RJ). De acordo com a Resolução da Câmara 30/18, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, para ter direito à indicação de liderança, o partido tem que cumprir a cláusula de barreira fixada pela Emenda Constitucional 97.
Segundo a emenda, terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão os partidos políticos que alternativamente, na legislatura seguinte ao pleito de 2018, obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 dos estados; ou tiverem elegido ao menos nove deputados federais também distribuídos em 1/3 dos estados. No caso de partidos que não cumpram a cláusula, o Regimento permite a indicação de um integrante para expressar a posição do partido nas votações.
Com informações da Agência Câmara
Mas como o nosso presidente deixa claro, lugar de mulher e na cozinha cuidando da casa.
Mas o voto de uma deputada tem o mesmo peso ao de um deputado.Ou não.
Vcs conseguem ver como foi nefasto o “efeito” dilma/grasitin/gleise/tia do cafezinho;fegali e outras na nossa “cultura” ? Se pensou em mulher hj em dia se associa a essas loucas que tivemos..a mulher vai p´recisar reconquistar seu spaço. Bem vindas as mais centradinhas que estão ai..