O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) divulgou nota em que defende a nomeação dos nove parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, no período em que era deputado estadual. Segundo ele, todas essas pessoas eram qualificadas para trabalhar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). “A nomeação dessas pessoas ocorreu de forma transparente e de acordo com as regras da Assembleia Legislativa”, diz Flávio (veja a íntegra mais abaixo).
Reportagem deste domingo do jornal O Globo mostra que ao menos quatro familiares de Ana Cristina têm dificuldade para comprovar que realmente trabalharam para o então deputado estadual. Ela é mãe do quarto filho de Bolsonaro, Jair Renan.
A maioria dos familiares da ex-mulher presidente que estiveram vinculados ao gabinete de Flávio vive em Resende, no Sul do estado do Rio de Janeiro, e todos tiveram o sigilo fiscal e bancário quebrado por decisão do Tribunal de Justiça. Segundo O Globo, o vendedor aposentado José Procópio Valle e Maria José de Siqueira e Silva, pai e tia de Ana Cristina, jamais tiveram crachá funcional da Alerj. Ele ficou lotado por cinco anos e ela, por nove.
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“Todas as pessoas que foram nomeadas, na época, eram qualificadas para as funções que exerciam. Trabalharam em diferentes áreas, mas sempre em prol do mandato, tanto que as votações enquanto deputado estadual foram crescentes”, diz o senador na nota. Segundo ele, os cargos comissionados da Alerj de natureza política permitiam a atuação do assessor na base eleitoral.
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Já a irmã Andreia Siqueira Valle e o primo Francisco Diniz constaram como funcionários por mais de uma década e só há registro de crachá deles para o ano de 2017, informa a repórter Juliana Dal Piva. Diniz, que ficou lotado no gabinete do filho do presidente por 14 anos, cursou nessa época a faculdade de Veterinária, em período integral, no município de Barra Mansa, também no Sul do estado.
PublicidadeEle não quis detalhar qual a sua função no emprego e disse não se lembrar por quantos anos trabalhou para o hoje senador. De acordo com a reportagem, ele desligou ao telefone ao ser questionado sobre como conciliava a faculdade, em período integral, em outro município e trabalhava para Flávio.
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De acordo com O Globo, Andreia morava durante todo o tempo em que estava vinculada ao gabinete de Flávio em Resende. Recebia R$ 7.326,64 de salário e outros R$ 1.193,36 de auxílio-educação. Fisiculturista, ela vive hoje de faxinas em Guarapari (ES). Procurada pela reportagem, ela disse que não tinha nada a declarar.
O grupo de familiares de Ana Cristina é alvo da investigação que apura a prática de “rachadinha” no gabinete, devido às movimentações atípicas, em um total de R$ 1,2 milhão de outro ex-assessor, o policial militar aposentado Fabrício Queiroz. Ao todo, 55 pessoas que trabalharam com Flávio tiveram os sigilos quebrados.
Quando era deputado federal e ainda estava casado com Ana Cristina, Bolsonaro nomeou cinco integrantes da família Siqueira Valle. Três deles acabaram transferidos para o gabinete de Flávio, que chegou a ter nove parentes de Ana Cristina. Ao todo, pelo menos 12 familiares dela estiveram nos dois gabinetes desde 1998, quando Jair Bolsonaro e Ana Cristina passaram a viver juntos, destaca O Globo. O casal se separou em 2008. Ana Cristina e o Planalto não se manifestaram sobre assunto.
Veja a íntegra da nota do senador:
“Todas as pessoas que foram nomeadas, na época, eram qualificadas para as funções que exerciam. Trabalharam em diferentes áreas, mas sempre em prol do mandato, tanto que as votações enquanto deputado estadual foram crescentes. A nomeação dessas pessoas ocorreu de forma transparente e de acordo com as regras da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A execução do trabalho delas também ocorreu de acordo com as normas. Os cargos comissionados da Alerj são de duas naturezas: técnica (com o profissional no gabinete) e de natureza política (com o profissional na base eleitoral).”
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O rolo com esse “menino” começou a vir à tona mesmo antes de ser eleito. Alguma autoridade deste país deveria ter impedido sua posse, se é que isso era possível. Tudo já prenunciava rolo grosso, envolvimento com milícias e… sei lá. Agora, já com quase seis meses no Legislativo, vem se confirmando que ele não é flor-que-se-cheire. E desde há muito tempo! Mas o pai também não era boa bisca. Pode até não ter sido levantado rolos contra ele – o pai – mas se puxar o fio da meada, vá ver que também ele praticava a “raxadinha” (no mínimo). E aquele rico dinheirinho que ele mandou o Queiroz entregar para a linda Primeira Dama? Huuummm!!! Muito suspeito.
A rigor mesmo, já torço por Mourão na Presidência, pois Bolsonaro não dura dois anos…! Aliás, só foi eleito porque ninguém mais agüentava PT. Nem mesmo os petistas botavam fé.
Olha aí o laranjal está formado na Bozolândia.
Por muito menos, um ex-presidente está preso.