A deputada Maria do Rosário prestou queixa contra uma militante bolsonarista na Câmara. Segundo a deputada, ela tem sofrido “agressões políticas” dentro do Congresso Nacional.”O que está acontecendo aqui é uma violência política. Porque a gente sabe que é uma violência organizada e orientada por quem defende Jair Bolsonaro e seu governo”, disse a parlamentar.
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A deputada foi hostilizada por Tamires de Souza Costa de Paula, que passou a tarde com deputados do PSL, dentre eles está o Daniel Silveira (PSL-RJ) que apareceu no momento da confusão para defender a militante.
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“Eu achei estranho, mas três grupos de pessoas passaram por mim gritando ali. O primeiro passou, o segundo passou e ela estava no meio e ela filmando todo o tempo. Por tanto ela estava gritando comigo para filmar”, disse Rosário.
“Não há lugar seguro para trabalharmos. É verdade que nós já temos que nos preocupar nas ruas, com essa violência política que está se transformando em agressão. E aqui dentro alguns parlamentares transformaram a Câmara num lugar onde é impossível realizar o nosso trabalho. Eu penso que o meu mandato e o de várias pessoas está sendo cerceado. Se eu não tenho o direito de ir e vir dentro da Câmara dos Deputados, como é que eu poderia fazer o meu trabalho?”, questionou.
PublicidadeSegundo a parlamentar, o clima dentro da Casa tem se transformado neste ano. “Mudou esse ano, nunca foi assim. A Câmara era um lugar que as pessoas respeitavam mutuamente as posições. Podíamos ter diferenças pontuais”, disse. “Hoje eu já tive cinco eventos de desrespeito público dentro da Câmara dos Deputados… Chega um momento que tu não aguenta”, desabafou a parlamentar.
A líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), acompanhou Maria do Rosário no momento em que ela prestava o boletim de ocorrência. Jandira afirmou que a deputada tem sofrido perseguições. “Nós vamos nos dirigir ao presidente da Câmara [Rodrigo Maia] para relatar o fato, porque medidas precisam ser tomadas em relação a estas permanentes agressões à deputada Maria do Rosário”, disse a líder.
“Essa ambiência de agressão aos diferentes, de agressão aos deputados de esquerda. Principalmente contra as mulheres, né? Há uma misoginia, há um preconceito. Tudo isso embutido num ambiente de violência que foi crescendo a partir, principalmente da campanha e da eleição do deputado Jair Bolsonaro para a presidência da República”, relatou Jandira.
O fato aconteceu um dia após o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) quebrar uma placa de conscientização contra o genocídio das pessoas negras.
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