Em manifestação contra a quebra da placa de conscientização contra o genocídio negro, deputados e ativistas marcharam na Câmara nesta quarta-feira (20). Aos gritos de “racistas, fascistas, não passarão”, os manifestantes foram da entrada do anexo 2 da Casa, até o corredor onde está a exposição (Re)Existir no Brasil. Algumas pessoas contrárias à campanha apareceram no local e foram retiradas pela segurança. Ao final, cartazes que reproduzem a arte que foi quebrada pelo deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) foram colados. Por volta das 20h, os deputados da oposição se reuniram novamente na exposição para colocar a placa quebrada no lugar.
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O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta, que o ato do deputado Coronel Tadeu foi para defender os policiais. Na imagem, um homem negro aparece morto, algemado e vestindo uma camisa com a bandeira do Brasil e no fundo, um policial indo embora com sua arma em punho. Para o Major Vitor Hugo, a imagem era tão preconceituosa quanto o racismo.
“Fazer uma generalização de que todos os policiais contribuem para a morte de negros no Brasil é uma visão parcial do problema e certamente é tão preconceituoso quanto o racismo, é ter o preconceito com um grupo de brasileiros que expõe suas vidas todos os dias em prol da sociedade brasileira”, disse o deputado.
Ele afirmou entender a atitude do Coronel Tadeu como uma defesa dos policiais. “Nós entendemos a atitude do Coronel Tadeu como uma defesa dos policiais militares e dos profissionais de segurança pública”, afirmou.
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