[vc_row][vc_column][vc_column_text]A pandemia de covid-19 trouxe ao país grandes desafios no campo da saúde pública e também nas áreas econômica e social. Essencial para evitar a disseminação acelerada do novo coronavírus, o distanciamento social abala a economia, com graves prejuízos à renda e ao emprego.
Para compensar esse impacto, o Congresso Nacional, seguindo o exemplo de várias nações, criou uma compensação financeira com o objetivo de atenuar as dificuldades dos mais carentes. Enfrentando a resistência do governo de Jair Bolsonaro, que a princípio era contra um benefício superior a R$ 200 por pessoa, foi instituído o auxílio emergencial no valor de R$ 600, podendo chegar a R$ 1,2 mil no caso de mulheres chefes de família.
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Ele se dirige a quem está sem emprego e aos trabalhadores e trabalhadoras informais. Quase 60 milhões já receberam o auxílio. O governo contava que esse número seria no máximo de 30 milhões. A estimativa errada e o planejamento inadequado dela decorrente são os principais motivos das imensas filas que se repetiram pelo país nas agências da Caixa Econômica Federal, o banco escolhido para repassar os recursos, que serão repassados em três parcelas.
Desde o início o assunto é acompanhado de perto pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), que alertou a CEF sobre os problemas que poderiam ocorrer e não foi ouvida ao apontar caminhos para enfrentá-los. O presidente da entidade, Sérgio Takemoto, lembra que a direção da Fenae e de entidades sindicais apresentaram suas preocupações já no dia 12 de março. “E desde lá a gente vinha alertando para os problemas que poderiam ocorrer. Infelizmente, nem a direção da Caixa nem o governo deram atenção”, afirma Takemoto. Ele acredita que poderá chegar a 80 milhões o número de pessoas que receberão o auxílio.
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Sérgio Takemoto relata que houve êxito no esforço para convencer a Caixa a deixar em home office empregados mais idosos ou com doenças respiratórias, diabetes e outras morbidades que agravam os riscos da covid-19. Mas não foram adotadas todas as medidas necessárias para garantir a proteção individual dos funcionários e a segurança da população.
“Nas grandes questões de atendimento”, prossegue o presidente da Fenae, “nenhum tema foi atendido”. Não foram ouvidas as sugestões de descentralizar o pagamento, criar um agendamento eficiente, promover ampla campanha de esclarecimento sobre o benefício e como requerê-lo. Muito menos foi levada em consideração a contratação de mais empregados para atender à nova demanda – foram contratados apenas seguranças.
O pagamento do auxílio emergencial produziu cenas de aglomeração, tumulto e até mesmo de agressões contra servidores da Caixa. As filas contrariam as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), pois aumentam o risco de infecção pela covid-19, uma doença que produz óbitos a cada dia e para a qual ainda não existem nem vacina nem medicamento eficazes. Com a exposição ao risco, horas nas filas e a falta de informação por parte do governo federal, muitos beneficiários do auxílio emergencial acabam ficando irritados e descontam suas frustrações nos servidores da Caixa, que estão sendo submetidos a um desvio de função ao tentarem organizar as filas.
No dia 6 de maio, a Caixa enviou nota à imprensa afirmando que tinha conseguido uma redução “considerável das filas nas agências em todo país”. Porém, no dia 21, quando começou a ser pago a segunda parcela do auxílio, novamente foi possível ver filas quilométricas nos entornos das agências.
> Veja o vídeo com o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto
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