O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), pediu para o presidente Michel Temer que o governo continue a enviar a verba que já está destinada para a segurança do estado até o final do ano, caso a intervenção seja suspensa. Witzel e Temer se reuniram na tarde desta quarta-feira (7) em Brasília.
O presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe querem votar pelo menos uma parte da reforma da Previdência que está em tramitação no Congresso Nacional ainda este ano, mas mudanças na Constituição não podem ser aprovadas porque o estado do Rio de Janeiro está sob intervenção federal. Propostas de emendas à Constituição, como é o caso da reforma, não podem ser votadas caso algum ente federativo esteja sob intervenção.
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“Diante da possibilidade de se votar a Reforma da Previdência, eu conversei com o governador Pezão e vim manifestar a nossa preocupação do fim da intervenção e a não execução da verba destinada ao aparelhamento da segurança pública no Rio de Janeiro”, disse Witzel.
Segundo o governador, o presidente disse que tentará votar as leis infraconstitucionais, que não alteram a Constituição, logo, podem ser votadas com sem a necessidade de suspender a intervenção no estado.
Witzel disse ainda que, caso a intervenção seja suspeita, o repasse seja feito de outra forma. “Se for votar a Previdência, minha sugestão seria manter [a verba] através da GLO [Garantia da Lei e da Ordem]”, disse.
PublicidadeA intervenção está prevista para acabar em dezembro deste ano. O governador disse ainda que vai conversar com Bolsonaro sobre as “soluções” para a segurança do estado no ano que vem.
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