O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, publicou um vídeo em seu Twitter na manhã de hoje (1) afirmando que a paralisação de policiais militares no Ceará é ilegal, mas é preciso valorizá-los.
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“A solução do problema passa, realmente, pelo fim da paralisação ilegal dos policias, que está sendo lá objetivo de diálogo com o governo do estado. Os policiais têm que ser valorizados, mas a paralisação é algo que a Constituição não permite”, disse.
Ceará: Gov Federal agiu rapidamente para proteger a população; policial tem que ser valorizado,mas a greve da PM é ilegal e deve ser interrompida;a responsabilidade para resolver é do Governo do Estado;a exploração política do episódio dentro e fora do Ceará não ajuda a resolver. pic.twitter.com/GKetHuqiZa
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 1, 2020
O ex-juiz afirmou também que a exploração política do episódio não ajuda nas negociações. “Agora, nós temos que parar de explorar politicamente, tanto dentro do estado do Ceará, quanto fora, essa situação. Esse tipo de exploração política do episódio não ajuda”, defendeu.
Crise de segurança
Na sexta-feira (28), o governo federal prorrogou o decreto de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) em vigor no estado nordestino por mais uma semana, a pedido do governador do Ceará Camilo Santana (PT).
O adiamento do prazo ocorreu um dia após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçar não renovar o decreto e cobrar Camilo pela solução do impasse com os policiais militares. “GLO do Ceará vence amanhã e a gente espera que o governador resolva esse problema da polícia militar do Ceará e bote um ponto final nessa questão, porque GLO não é pra ficar eternamente atendendo um ou mais governadores”, afirmou em live.
Segundo Camilo, a prorrogação é “uma medida necessária pela continuidade do motim de parte dos PMs, que tem provocado insegurança e o aumento da violência em nosso estado”. Durante o motim, pelo menos 170 pessoas morreram no estado. Os números contabilizam apenas as mortes que aconteceram entre os dias 19 e 24 de fevereiro, depois disso, a Secretaria de Segurança Pública do Ceará disse que não fará mais divulgações diárias, apenas mensais.
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