Representantes do setor produtivo da cidade, liderados pela Fecomércio-DF, entregaram ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, um plano para a reabertura do comércio a partir de 3 de maio.
O documento foi elaborado após ouvir especialistas na área de Saúde, como infectologistas,empresários, secretários de Estado e sindicatos de vários segmentos econômicos.
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O objetivo é ajudar o governo e os empresários a reabrirem o comércio de forma segura, gradualmente, seguindo normas como: uso de máscara e álcool em gel, distanciamento entre as pessoas e outros pontos específicos de cada atividade (veja detalhes em documento abaixo).
Modelo de outros países
O plano se espelha em experiências na retomada das atividade em países como Alemanha, Portugal e Singapura. Cita as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), traça diretrizes gerais a serem cumpridas pelas empresas e, por fim, apresenta recomendações e protocolos específicos a serem adotados pelos diferentes setores.
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Acredito que seja melhor ter esse retorno mais cauteloso e orientado, do que o comércio continuar fechado, gerando prejuízos e aumentando o número de desempregados na cidade, que já é alto”, destaca o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia.
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Shoppings
No comércio varejista, que inclui os shoppings da cidade, a sugestão é que a abertura seja feita em horários específicos, para que o tráfego de clientes e profissionais não coincida com o pico de movimento do transporte público.
Além disso, as orientações são no sentido de que as portas das lojas estejam sempre abertas e os espaços ventilados, que haja boa higienização, que seja feita aferição de temperatura de todos os funcionários, entre outras diretrizes.
Atualmente, o DF tem 20 shoppings, em que 2,4 mil lojas geram cerca de 20 mil empregos.
“A reabertura gradual do comércio é uma oportunidade de recomeçarmos. Quando tudo isso passar, viveremos uma nova realidade. O mundo inteiro mudou. Os protocolos de saúde devem ser atendidos e compreendidos pelos empresários, sob pena de o comércio fechar as portas novamente”, ressalta Francisco Maia.
Bares e restaurantes
Um dos segmentos mais afetados pelo fechamento, as diretrizes sugeridas são: funcionamento de 50% da capacidade do estabelecimento, abertura em horários específicos, limitação de acesso, uso de máscaras pelos funcionários, além da necessidade de se manter a porta sempre aberta, entre outras medidas.
Apesar do apelo do setor, o governador do DF não vai permitir por enquanto a reabertura deste.
Salões de beleza
Para estes, a sugestão é que os atendimentos sejam realizados apenas com agendamento, para evitar aglomerações nos espaços.
As sugestões foram levantadas, organizadas e entregues ao governador capitaneadas pela Fecomércio, que reuniu propostas do Sebrae-DF, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da Fibra (Federação das Indústrias), da Fape-DF (Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal) e da Faci-DF (Federação das Associações Comerciais e Industriais do DF).
“Juntos como nunca, confiantes como sempre”
As entidades também realizarão uma campanha no sentido de conscientizar a população. Serão veiculados vídeos e peças educativas para orientar os funcionários, empresários e consumidores a terem uma conduta segura no comércio.
O conceito da campanha é: Juntos Como Nunca. Confiantes Como Sempre. A mensagem procura incentivar práticas de higiene e um recomeço seguro para todos.
Diretrizes gerais para reabertura do comércio:
1. Uso obrigatório de máscaras;
2. Manter o distanciamento social (1,5 metro de distância);
3. Limpeza e desinfecção de ambientes com intervalo de 2 em 2 horas;
4. Monitorar a saúde dos empregados (aferição de temperatura superior a 37.8 °C e testagem rápida);
5. Intercalar e alternar horários de atendimento dos estabelecimentos (lojas de ruas e centros comerciais e/ou por atividade econômica em até 3 turnos de horários de entrada/saída diferenciados de modo a não sobrecarregar o transporte público de passageiros);
6. Reuniões prioritariamente por videoconferência;
7. Ampla divulgação por meio de comunicados instruindo prestadores de serviços e usuários/clientes sobre as normas de proteção em vigência no estabelecimento;
8. Os funcionários usuários de transporte público não poderão usar no ambiente de
trabalho o uniforme utilizado no deslocamento;
9. Priorização do afastamento, sem prejuízo de salários, de empregados pertencentes ao grupo de risco, tais como pessoas com idade acima de 60 (sessenta) anos.