O senador Marcos Rogério (DEM-RO), um dos integrantes da tropa de choque do governo na CPI da Covid, apresentou requerimentos para que a comissão ouça médicos defensores do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no chamado tratamento precoce contra a covid-19. Pelos requerimentos apresentados nesta terça-feira (4), Marcos Rogério vai tentar apresentar na CPI a tese de que o tratamento defendido por Jair Bolsonaro não é anti-científico.
As convocações são direcionadas a três médicos: o cardiologista Guili Pech; o cirurgião e nutrólogo Mateus Drumond, coordenador do movimento Médicos pela Vida, que defende o tratamento precoce, no estado de Minas Gerais; e o médico e deputado Luiz Ovando (PSL-MS), defensor fervoroso da cloroquina e do presidente Jair Bolsonaro.
No depoimento do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta ficou clara a estratégia governista de dar à defesa do tratamento precoce ares científicos que a tese defendida pelo presidente não tem. Ao dobrar a aposta no falso tratamento, os senadores aliados tentam colocar o descontrole da pandemia nas tentativas de combate ao uso da cloroquina, não em sua defesa desamparada de rigor científico.
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Os três requerimentos apresentados por Marcos Rogério na terça ainda não foram apreciados pela Comissão.
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