O Programa Nacional de Imunização (PNI) completou duas semanas sem um titular no cargo. Responsável por coordenar as campanha nacionais de vacinção, o que inclui a da covid-19, o comando do PNI tem sido exercido de maneira interina por Adriana Lucena, após a saída de Franciele Fantinato, em junho passado.
De acordo com o Ministério da Saúde a pasta está em fase final da escolha de um substituto, inclusive promovendo a análise currícular dos indicados.
Em depoimento à CPI da Covid, Fantinato afirmou ter deixado o cargo por considerar que havia “politização” das vacinas. Ela também disse ter havido pressão que considerou considerou como excessivas em relação à mudança de grupos prioritários para vacinação da covid. Aos senadores, a técnica também alegou, ausência de condições, inclusive financeiras, para condução de uma campanha publicitária visando informar e incentivar a população a se vacinar contra a Covid. Ela chegou a atribuiu a responsabilidade ao presidente Jair Bolsonaro.
“É lógico que a falta de uma liderança e de alguém com poder de mando dificulta um pouco do processo”, reconheceu o secretário Executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems ) Mauro Junqueira. Apesar disso, ele preferiu não polemizar. “O secretário Arnaldo está comandando a pasta”, disse se referindo ao secretário-executivo do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros. “E mesmo à distância, ele segue comandando a pasta e temos contato com ele quase que diário”.
Mauro ainda argumentou que o corpo de funcionários da Coordenação-Geral é composto de servidores de carreira, acostumados com a questão e mais estáveis em seus cargos.
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