Os brasileiros residentes em Wuhan, cidade do epicentro do novo coronavírus, embarcaram hoje (7) no avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que retornará o Brasil. De acordo com o advogado Antonio Machado, que representa um grupo do total dos 34 brasileiros que participarão da viagem, a principal preocupação era a condição das estruturas da quarentena que terão que se submeter. Ele afirmou que os brasileiros estão “contentes”, com o local onde terão que “morar” por 18 dias consecutivos, sem contato com o mundo exterior, após analisar fotos enviadas pelo governo.
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A Base Aérea de Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia, foi a escolhida para a realização da quarentena. De acordo com Machado, os brasileiros que representa estão “contentes”, com o local. “A gente está bem contente, pelo menos pelas fotos que eu recebi demonstram um local bem adequado para receber as pessoas”, disse ao Congresso em Foco. No grupo de brasileiros que retornarão ao Brasil estão crianças e idosos, por isso, outra insegurança era como a quarentena seria adaptada a eles. “Nossa principal preocupação era com as crianças e pelo que foi demonstrado tranquilamente nós teremos ali um bom lugar para receber as pessoas”, conclui.
Para realizarem a viagem de volta ao Brasil, os brasileiros tiveram obrigatoriamente que assinar um formulário do Ministério da Defesa, Saúde e Relações Exteriores, informando dados pessoais e confirmando que aceitam cumprir 13 exigências, entre elas: não apresentar qualquer sintoma do novo Coronavírus, não receber visitas durante a quarentena, não embarcar com animais ou produtos agrícolas e sofrer coletas de amostras respiratórias logo na chegada ao Brasil e no 14º dia da quarentena.
Confira as fotos da instalação da quarentena:
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Relembre
A decisão do governo brasileiro em repatriar os brasileiros não foi imediata. Só após um vídeo postado por eles ter uma grande repercussão o governo anunciou que iria trazer estes brasileiros de volta. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a dizer que não “seria oportuno” repatriar os brasileiros que se encontram na cidade chinesa. “Não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas”, disse em 28 de janeiro.
Em coletiva de imprensa realizada nesta semana, o advogado dos brasileiros afirmou que a ação de repatriação do governo poderia ter sido realizada em “um tempo mais rápido”, igual ocorreu em outros países.
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