A bancada do Psol na Câmara protocolou um requerimento para o comparecimento do recém nomeado ministro da Saúde, Nelson Teich, para prestar esclarecimentos sobre o seu plano de trabalho frente ao Ministério.
No texto, os deputados alertam que, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (16), Bolsonaro confessou que, em conversa com o novo ministro, as medidas de isolamento social devem ser flexibilizadas. Teich demonstrou disposição para mudar a postura do ministério, mas disse que “nada vai acontecer de maneira bruta”.
Para os deputados, a sociedade brasileira precisa, com urgência, ter clareza sobre a política de gestão que será adotada pelo Ministério da Saúde.
Os deputados demonstram preocupação com as ações do presidente Bolsonaro. “Diante da gravidade do tema, o presidente Jair Bolsonaro se isola como um dos últimos líderes negacionistas do mundo, ao lado dos ditadores de Belarus e Turcomenistão. Por diversas vezes, Jair Bolsonaro confrontou e menosprezou as orientações das autoridades sanitárias nacionais e internacionais, que iam no sentido de promover medidas de contenção, distanciamento social, restrição da circulação de pessoas e isolamento”, diz trecho do documento.
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“Como é nítido, sem amparo em medidas científicas e contrariando autoridades sanitárias nacionais e internacionais, na linha do Presidente, uma possível gestão frente ao Ministério da Saúde que desrespeite as orientações das autoridades sanitárias pode levar a uma tragédia sem precedentes no nosso país”, completa.
Também nesta quinta, o partido socialista apresentou uma denúncia na Organização Mundial da Saúde (OMS) e na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a demissão do ex-ministro Mandetta. O partido defende que a troca representa a “descontinuidade de gestão em plena pandemia”, e afirmou que esse “é mais um esforço de Bolsonaro de contrariar as medidas indicadas por autoridades sanitárias nacionais e internacionais no combate e prevenção ao novo coronavírus”.
Leia o requerimento convocação do novo ministro da Saúde.
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