Os três senadores diagnosticados com covid-19 na última semana estão hospitalizados. O primeiro a parar no hospital foi o líder do PSL, Major Olimpio (SP), que foi transferido na última sexta-feira (5) para uma unidade de terapia intensiva (UTI) no Hospital São Camilo, na capital paulista. O senador, de 58 anos, já estava internado quando participou da votação da PEC que abre caminho para o auxílio emergencial na quarta-feira. No último comunicado à imprensa, divulgado na noite desse sábado, o gabinete informou que o senador foi levado para a UTI por estar com quadro de infecção, mas não precisou ser intubado. Quatro assessores dele também tiveram teste positivo para o vírus nos últimos dias.
No sábado foi a vez de Lasier Martins (Podemos-RS), de 78 anos, ser internado no Hospital São Lucas, em Porto Alegre. De acordo com a assessoria de Lasier, ele está em um quarto e respira sem necessidade de ventilação mecânica.
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Já neste domingo foi a vez de o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), de 45 anos, anunciar que, por recomendação médica, será transferido de Aracaju para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para se tratar da covid-19. “A internação foi decidida pelos médicos para um acompanhamento contínuo da doença. O senador responde bem aos tratamentos e, com fé, estará recuperado o quanto antes”, informou a assessoria.
Os três senadores fazem parte do movimento Muda Senado, que defende a Operação Lava Jato, o combate à corrupção e novas práticas políticas na Casa. Eles participaram recentemente de uma reunião do grupo para discutir a instalação de uma CPI para investigar ministros do Supremo Tribunal Federal. Eles alegam, no entanto, que estavam de máscaras. Também presentes ao encontro, os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Soraya Thronicke (PSL-MS) não foram diagnosticados com covid-19.
O Senado já perdeu dois senadores para o coronavírus: Arolde Oliveira (PSD-RJ), de 83 anos, morto em outubro, e José Maranhão (MDB-PB), de 87 anos, que morreu em 8 de fevereiro. Por causa do acúmulo de casos, o Senado decidiu cancelar as sessões híbridas e retomar as votações remotas nesta semana. A Câmara, a despeito do elevado número de casos de servidores infectados, continuará com sessões semipresenciais.