João Amoêdo, fundador e ex-presidente do partido Novo, defendeu neste domingo (18) que a vacinação contra a covid-19 seja obrigatória. De acordo com ele, aqueles que não se vacinarem devem ficar isolados do resto da sociedade.
A vida em sociedade pressupõe liberdade com responsabilidade.
Quem decide não tomar vacinas, que evitam doenças contagiosas, não deveria poder frequentar espaços públicos, ruas, hospitais e escolas. E sim, permanecer isolado até que todos os demais sejam vacinados.
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) October 18, 2020
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Um dia antes, o deputado federal Paulo Ganime (RJ), líder do Novo, se manifestou contra a obrigação da vacina.
Ao obrigar a população a tomar vacina restringimos sua liberdade de escolha. Assim como no caso das fake news, é muito mais sensato educar a população e mostrar a importância do tema, do que tornar obrigatório. Seremos sempre favoráveis à liberdade!https://t.co/SLM8mJowEB
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Publicidade— Paulo Ganime (@pauloganime) October 17, 2020
A opinião de João Amoêdo provocou fortes reações negativas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Entre os que se manifestaram estavam as deputadas federais Alê Silva (PSL-MG), Major Fabiana (PSL-RJ) e o deputado estadual Gil Diniz (Sem partido-SP).
Segundo Amoêdo, se você for “rebelde” e não tomar a vacina chinesa, você merece o cárcere privado.
Imagina este moço como presidente. https://t.co/W5RMo0u1xP
— Major Fabiana (@majorfabianadep) October 18, 2020
Chamam esse partido de “Novo”, mas, é só um PSOL desbotado! Seja coerente, Amoedo: obrigue os candidatos do Novo não saírem nas ruas para fazer campanha, afinal, nenhum deles foi vacinado e são um risco para a sociedade segundo sua lógica! A eleição para o Novo a gente vê depois! https://t.co/iGwq0EOK0t
— Gil Diniz (@carteiroreaca) October 18, 2020
Sério isso? O senhor que se dizia uma defensor das políticas a liberais, defendendo a instituição de uma ditadura? 🤦🏻♀️🤦🏻♀️🤦🏻♀️
— Alê Silva 🇧🇷Pelo fim do foro privilegiado🇧🇷 (@alesilva_38) October 18, 2020
Na sexta-feira (16), Jair Bolsonaro reafirmou que a vacina não será obrigatória. O presidente disse que os governos estaduais poderão, com anuência prévia do Ministério da Saúde, propor medidas legislativas visando o cumprimento das vacinações, mas que o governo federal não vê a necessidade de determinar vacinação compulsória e que não recomendará a ação por gestores locais.
Na semana passada, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a vacinação com a CoronaVac será obrigatória no Estado, exceto para aqueles que tenham restrição avalizada por um médico.
A terceira fase de testes da CoronaVac será concluída neste fim de semana. Doria disse que pretende se reunir nesta semana com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde para apresentar os dados sobre a vacina e tentar disponibilizar doses para todos os brasileiros.
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