Após a publicação da revista Veja sobre um processo ao qual o candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) responde, duas hashtags movimentam as redes sociais com intensidade nesta sexta-feira (28), contra e a favor do candidato.
A edição desta semana da revista revela que a ex-esposa de Bolsonaro Ana Cristina abriu contra o deputado um processo que já tem mais de 500 páginas. Ana Cristina o acusa de ocultar patrimônio e de furtar um cofre de uma agência do Banco do Brasil em que ela guardava jóias e dinheiro em espécie, em um total de R$ 600 mil. Ela também afirmou, na época em que moveu o processo, que Bolsonaro era agressivo e explosivo.
Com as revelações, os internautas que não apoiam o candidato passaram a se manifestar com a hashtag #BolsonaroNaCadeia. Até o início da tarde desta sexta, a hashtag era a mais comentada do Twitter Brasil, com mais de 2,7 milhões de publicações usando o agregador, de acordo com a ferramenta Tweet-Tag.
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Em resposta, os apoiadores do candidato atacaram a revista com a hashtag #Veja600Milhões, acusando a publicação de receber R$ 600 milhões para fazer reportagem contra o candidato. Segundo a ferramenta Tweet-Tag, já eram 2,1 milhões de tuítes usando a hashtag até as 14h desta sexta-feira.
A acusação partiu de um vídeo (assista abaixo) em que Joice Hasselmann, candidata a deputada federal pelo PSL de São Paulo, diz ter sido informada por “fonte segura” de que uma “grande revista de circulação nacional” receberia – ela não diz de quem – R$ 600 milhões para tentar destruir a candidatura de Bolsonaro. A candidata não apresenta qualquer indício para a acusação e não cita o nome da revista.
“Tem muita gente me perguntando da onde saiu esse dinheiro. Eu tenho parte dessas informações e vou trazer para vocês no momento adequado, com bastante segurança na informação. Como é que foi feita a negociação”, promete Joice, que já apresentou um programa de vídeo online na revista Veja. Recentemente, ela foi acusada de copiar reportagens de colegas de outros veículos e publicar como se fossem dela. O caso tem desdobramento na Justiça.
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O presidente do PSL de São Paulo e candidato ao Senado pelo estado, Major Olimpio, desautorizou a correligionária. O presidente do PSL paulista afirmou ao Congresso em Foco que a acusação apresentada por Joice é de responsabilidade dela, individualmente, e não do partido.
“Ela é candidata, tem toda liberdade para fazer suas manifestações. Mas isso é de responsabilidade dela. Não se trata de manifestação do partido”, afirmou ele. Para Olimpio, revista produz factoide (notícia fabricada) para tentar “destruir” a candidatura do ex-capitão do Exército.
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