O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou nesta quinta-feira (9) uma moratória das queimadas na Amazônia para deter ilegalidades. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro assinará até a próxima semana um decreto para suspender o fogo por 120 dias em todos os biomas. Na Amazônia e no Pantanal não haverá exceção. Nos demais biomas, as queimadas serão permitidas de forma controlada.
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“Não vamos tolerar em nenhum momento que esse fogo avance fora do controle”, disse o vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal. O vice e os ministros do Meio Ambiente, da Agricultura,das Relações Exteriores, da Casa Civil e das Comunicações se reuniram na manhã de hoje com investidores estrangeiros para tratar do desmatamento da Amazônia. Também estiveram presentes no encontro por videoconferência o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Apex, Sergio Ricardo Segovia.
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Foram tratadas ações para combater crimes ambientais como desmatamento ilegal e focos de incêndio na Amazônia Legal. “Reafirmamos nosso compromisso em combater o desmatamento ilegal e promover atividades econômicas sustentáveis na região”, disse Hamilton Mourão. Em coletiva de imprensa, o vice-presidente disse, ainda, que foram respondidos questionamentos sobre a regulamentação da mineração em terras indígenas e sobre as medidas adotadas pelo governo para prevenção e prestação de atenção médica aos povos indígenas no contexto da pandemia da covid-19.
Segundo informações do portal UOL, no início da semana, 38 empresas nacionais e estrangeiras e quatro entidades ligadas ao agronegócio enviaram carta ao vice-presidente expressando preocupação com o desmatamento na região amazônica. O principal receio deles é de que o Brasil sofra sanções comerciais de outros países.
Imagem do Brasil no exterior
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que chamou atenção, na reunião com os investidores estrangeiros, para os acordos comerciais, entre eles União Europeia (UE), Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) e Canadá. “São instrumentos que reafirmam, reforçam a política ambiental brasileira principalmente em relação à Amazônia”, disse o chanceler.
O governo também colocou que o ingresso do Brasil na OCDE, uma vez efetivado, implicará a adesão do Brasil aos padrões ambientais daquela organização.
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