O presidente Jair Bolsonaro convocou nesta quinta-feira (22) uma reunião de emergência para discutir as queimadas na Amazônia. Participaram os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Oliveira (Secretaria Geral), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Tereza Cristina (Agricultura).
O político do PSL também oficializou um despacho (íntegra) em que determina que todos os 22 ministros tomem em suas áreas medidas para combater as queimadas.
Uma nova reunião ministerial foi convocada para esta sexta-feira (23).
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Dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que houve um aumento de 83% no número de incêndios florestais no Brasil entre 1º de janeiro e 19 de agosto de 2019 e o mesmo período do ano passado, que saltou de 39.759 para 72.843 queimadas no país.
O Amazonas está em terceiro lugar no ranking das queimadas neste ano, com 7.003 focos de incêndio neste ano, 5.305 apenas neste mês, até o dia 19. Entre 2018 e 2019, o Estado registrou um aumento de 146% no número de incêndios florestais.
Na quarta-feira (21), Bolsonaro insinuou, sem apresentar prova, que o aumento pode ter sido causado por ONGs (Organizações Não Governamentais).
“O crime existe, e isso aí temos que fazer o possível para que esse crime não aumente, mas nós tiramos dinheiro de ONGs. Dos repasses de fora, 40% iam para ONGs. Não tem mais. Acabamos também com o repasse de dinheiro público. De forma que esse pessoal está sentindo a falta do dinheiro”, disse.
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