O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do pedido de criação da CPI da Lava Toga, engavetada por Davi Alcolumbre, foi ao Twitter nesta manhã criticar o julgamento da ação que pode garantir novo mandato aos presidentes do Senado e da Câmara.
Para ele, há um golpe contra a Constituição em andamento e o “casuísmo cínico” dos ministros impressiona até para os parâmetros brasileiros. A CPI da Lava Toga pretendia investigar a ação de ministros de tribunais superiores. Mas foi barrada por Davi Alcolumbre, que alegou que temia uma crise institucional com a eventual abertura de investigação sobre a cúpula do Judiciário.
Veja a mensagem publicada há pouco por Alessandro Vieira:
GOLPE EM ANDAMENTO. Gilmar, Toffoli e Kassio escolheram as sombras da madrugada para manifestar seus votos em favor do golpe contra a Constituição para permitir a reeleição de Maia e Alcolumbre. Até para os parâmetros brasileiros impressiona o casuísmo cínico dos ministros.
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— Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) December 4, 2020
Um dos líderes do movimento” Muda ,Senado”, Alessandro Vieira voltou minutos depois ao Twitter e foi duro com o relator da ação: “Dá para dizer que Gilmar inaugurou a modalidade Novo Cangaço de interpretação constitucional”.
O voto de Gilmar não para em pé. 75 laudas de distorções e citações fora de contexto para entregar um absurdo: será possível ignorar a restrição constitucional até por Questão de Ordem!
Dá para dizer que Gilmar inaugurou a modalidade Novo Cangaço de interpretação constitucional.— Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) December 4, 2020
A possibilidade de Maia e Davi Alcolumbre disputarem novo mandato está em julgamento no STF. O julgamento virtual, iniciado pela madrugada, vai até a próxima sexta-feira. Até o momento votaram a favor da reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado os ministros Gilmar Mendes, que é o relator, e Dias Toffoli. Já o novato Kassio Nunes Marques se manifestou a favor da possibilidade de o presidente do Senado buscar novo mandato, mas se posicionou contra a reeleição do presidente da Câmara, por este já estar reeleito.
Alcolumbre pode tentar reeleição; Maia não, considera Nunes Marques