A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que uma denúncia contra o deputado Arthur Lira (PP-AL), analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) seja arquivada. O pedido veio cerca de três meses após a PGR pedir o indiciamento do parlamentar e de outros nomes, por crimes de corrupção em contratos firmados entre a Petrobras e a construtora Queiroz Galvão.
Na decisão desta semana, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo acolhe os argumentos da defesa de Arthur Lira, líder do chamado Centrão e um recente aliado do governo de Jair Bolsonaro. O motivo para pedir a rejeição da denúncia contra o deputado seria uma certa fragilidade de provas – na denúncia por ela mesma apresentada.
“Há contradição entre as narrativas apresentadas pelos colaboradores Alberto Youssef e Carlos Alexandre de Souza Rocha quanto ao destino dos valores ilícitos pagos pela construtora Queiroz Galvão – um pagamento de R$ 1.005.700,00 e outro de R$ 593.000,00, ambos realizados em Brasília nos dias 16 e 17 de maio de 2012″, escreveu a procuradora.
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Além disso, como Arthur Lira é o único investigado no processo que tem foro privilegiado, a PGR pede que o caso seja enviado à Justiça Federal do Distrito Federal.
Arthur é um dos investigados no Inquérito 4.631 da suprema corte. Nele, a PGR aponta que o líder do Centrão era o arrecadador de propinas do seu partido, o PP, no esquema de corrupção da Petrobras desbaratado pela Lava Jato.
A defesa de Arthur alegou à época que ele sequer havia sido eleito Deputado Federal no período em que a Procuradoria-Geral Federal lhe imputa a função de liderança na articulação dos pagamentos indevidos.
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