O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse à GloboNews que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de impedir a reeleição de presidentes da Câmara e do Senado não afeta seus planos. “Nunca foi a minha intenção disputar essa eleição”, afirmou Maia, que admitiu trabalhar no fortalecimento de um sucessor.
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Uma liderança da Câmara próxima ao deputado disse ao Congresso em Foco que ele se desgastou com os colegas após declarar em entrevista ao jornal O Globo, dias atrás, que não negava nem admitia ser candidato a um novo mandato na presidência.
Segundo Maia, a decisão do Supremo fortalece um grupo de “quatro ou cinco candidatos” próximos a ele, que tentarão angariar apoio às suas candidaturas. “Agora aqueles quatro ou cinco nomes que estão no meu entorno estão trabalhando desde ontem com mais energia”, comentou o presidente.
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O atual presidente citou Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Baleia Rossi (MDB-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA), Luciano Bivar (PSL-PE) e Marcos Pereira (Republicanos-SP) como nomes que podem concorrer, mas que PSB, PDT e PT também podem ter seus candidatos.
Maia evitou antagonizar com o candidato preferido do presidente Bolsonaro. “A nossa candidatura não é contra ninguém, não é contra o governo, nem contra o Arthur Lira. O nosso candidato é a favor da democracia, é a favor da Câmara dos Deputados e representa esse movimento”, disse Maia, que apontou ainda certo dissabor com a questão. “A candidatura do governo é contra o Rodrigo Maia, apesar de tudo o que eu aprovei e articulei para ser aprovado na Câmara.”
PublicidadeFalando sobre a pauta a ser encarada pela Casa a partir de agora, Maia disse que está junto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para assuntos como a PEC Emergencial – mas que ações do próprio governo impedem a pauta de avançar. “O processo eleitoral acabou. Qualquer risco da ao governo sobre minha candidatura acabou. Vamos agora acabar com as desculpas, e vamos sentar à mesa e aprovar o que é importante”, concluiu Maia.
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