A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro denunciou onze pessoas pelos crimes de corrupção, peculato, fraude a licitações e organização criminosa. Entre os denunciados estão o ex-ministro das Cidades, Alexandre Baldy e seu primo Rodrigo Sérgio Dias.
Segundo as investigações do MPF, eles intermediaram a liberação de pagamentos para a organização social Pró-Saúde, em razão dos serviços de gestão do Hospital de Urgência da Região Sudoeste (Hurso), em Goiás, que foi administrado pela entidade entre 2010 e 2017. Na época, Alexandre Baldy era secretário de Comércio de Goiás.
O Ministério Público Federal (MPF) também identificou que houve fraudes em licitações promovidas pela Junta Comercial de Goiás (Juceg) e pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A defesa de Alexandre Baldy aponta que o ex-secretário tem sua vida “pautada pelo trabalho, correção e retidão, seja no setor privado ou público. Sempre esteve e segue à disposição para esclarecer quaisquer questões sobre a sua vida ou as funções públicas que exerceu”. A nota da defsa diz ainda que “todo o seu patrimônio é declarado, inclusive os mencionados nas peças apresentadas na medida cautelar. Todas as providências na defesa para que a inocência de Alexandre Baldy seja comprovada estão sendo tomadas”.
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A força-tarefa da Lava Jato prendeu Alexandre Baldy no último dia 6 de agosto. Ele era secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo. Um dia depois, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou soltar Baldy. A defesa do secretário recorreu ao STF alegando que tratava-se de uma “condução coercitiva travestida de prisão temporária”. Na decisão de Gilmar, o ministro dizia que o decreto de prisão temporária do secretário foi utilizado como forma de condução coercitiva, o que o STF já decidiu ser ilegal. “A prisão temporária não pode ser uma prisão para averiguações” e “tampouco pode ser utilizada para forçar a presença ou a colaboração do imputado em atos de investigação ou produção de prova.”
Denúncia
Além de Baldy e Rodrigo Sérgio Dias também foram denunciados pelo MPF: Rafael Bastos Lousa Vieira, Carlos Augusto Brandão, Izídio Ferreira dos Santos Júnior, Guilherme Franco Netto,Ricardo Brasil Correa, Manoel Vicente Brasil Correa, Edson Crível Giorno,Carlos Alberto Filippeli Giraldes e Paulo Roberto Segatelli Camara.