O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a cometer erros de português nas redes sociais. Em uma postagem feita na manhã de hoje (17), em sua conta pessoal do Twitter, ele escreveu: “Aonde está a pompa e a liturgia do cargo? Na poltrona 16A…”, disse.
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Logo após a publicação, o ministro sofreu uma chuva de comentários negativos de usuários da rede criticando o erro. Horas depois, o nome do ministro foi parar entre os assuntos mais comentados da rede social, com mais de 9 mil tuítes relacionados à falha linguística.
Após a repercussão, o ministro publicou outra postagem, desta vez, divulgando uma ação do governo e aproveitou para ironizar as reações ao erro de português cometido. “Espero que dessa forma a notícia chegue a todos”, escreveu Weintraub em uma postagem com erros de digitação e português feitos intencionalmente.
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Aonde está a pompa e a liturgia do cargo? Na poltrona 16A… pic.twitter.com/URYLh86SQ0
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) February 17, 2020
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— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) February 17, 2020
A jornalista Vera Magalhães foi uma das primeiras pessoas a notar o erro na postagem do ministro. “Aonde = locução adverbial que significa “para onde”. Neste caso, a pergunta seria “onde”. Pompa e liturgia são duas características. Isso obriga o verbo a flexionar. Frase seria, portanto: “Onde estão a pompa e a liturgia do cargo?”. A poltrona também está errada, como sabemos”, corrigiu.
Não é a primeira vez que o ministro da Educação comete erros de português. No início de janeiro, ao responder um tuíte do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Weintraub escreveu “imprecionante” (o correto é “impressionante”). Após ser avisado por internautas, ele deletou o tuíte. Em outros momentos, Weintraub já escreveu “suspenção” (suspensão) e “paralização” (paralisação). Weintraub também já chamou erroneamente o escritor Franz Kafka de “kafta” em uma audiência no Senado.
Arthur Weintraub, irmão do ministro e Assessor Especial do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou de “elitistas engomadinhos” quem criticou Weintraub. “Ministro da Educação é do Gov Bolsonaro. Assim, esquerda agora fala no twitter de locução adverbial e flexão verbal. São elitistas engomadinhos, que não faziam uma crítica ao português porco dos petistas (fora as frases lindjas da dilmãe). Twitter é agora local de pompa e talco”, escreveu nas redes sociais.
Alvo de pedido de impeachment
Neste mês, parlamentares apresentaram denúncia contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de responsabilidade. Entre os argumentos que justificam a “eloquente ineficiência do ministro” estão: a ausência de políticas de alfabetização; as falhas do Enem; o favorecimento de apoiadores do Governo; ofensas às mães de diferentes cidadãos; e a omissão quanto ao uso de R$ 1 bilhão resgatados pela Lava Jato.
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