O ministro da Educação, Abraham Weintraub, está na Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira (15) para dar esclarecimentos sobre o bloqueio de de recursos para a educação superior no Brasil. O chefe da pasta responde a uma convocação – que implica obrigação em comparecer – aprovada no plenário da Casa, na última terça, por 307 votos a 82.
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O episódio expôs mais de uma vez a fragilidade da base do governo no Congresso. Primeiro, porque a convocação foi selada mais cedo na própria terça, na reunião de líderes da Casa, após a derrubada de duas Medidas Provisórias (MPs) que estavam agendadas para votação nesta terça. Por falta de acordo dos governistas com a oposição e o chamado centrão, a votação de todas as MPs ficou para a semana que vem, o que encurta o prazo para a votação da MP 870, da reforma administrativa. Se ela não for aprovada na Câmara e no Senado até o dia 3 de junho, todo o desenho ministerial do governo Bolsonaro perderá a validade.
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Na votação do requerimento, também foi dos governistas a responsabilidade pelo constrangimento da votação. Os deputados já tinham avalizado de forma simbólica o requerimento para convocar Weintraub a falar, quando o deputado Filipe Barros (PSL-PR) pediu uma verificação de votos. Assim, passou-se a uma votação nominal e chegou-se ao resultado que escancarou, mais uma vez, a fragilidade da base governista. No momento, Barros estava no papel de líder do PSL.
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