O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse nesta sexta-feira (23), que o Censo não será realizado este ano por falta de previsão orçamentária.
“Não há previsão orçamentária para o Censo. Portanto, ele não se realizará em 2021. As consequências e gestão para um novo Censo serão comunicadas ao longo deste ano, em particular a partir de decisões tomadas na Junta de Execução Orçamentária”, disse o secretário.
O representante da pasta disse ainda que as razões do adiamento foram colocadas “no momento em que não teve recurso alocado no processo orçamentário”. E que novas decisões sobre alocações e previsões do Censo “serão comunicadas sempre atentando para orientações que do ponto de vista da saúde vierem determinadas pelo Ministério da Saúde.”
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O levantamento já havia sido adiado de 2020 para este ano por conta da pandemia. No início de abril, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que devido aos cortes no orçamento, as provas dos processos seletivos para trabalhar na pesquisa não seriam realizadas nas datas que estavam no cronograma dos editais e que o levantamento poderia ser prejudicado.
PublicidadeNo início da noite desta sexta, em nota, o IBGE confirmou que o o censo não será feito neste ano. Leia a íntegra do comunicado:
“A Lei Orçamentária de 2021 foi sancionada sem a recomposição do orçamento original de R$ 2 bilhões para o Censo Demográfico 2021. Conforme anunciado hoje pelo Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, o orçamento 2021 não traz recursos para a realização do Censo Demográfico e que, portanto, o Censo será adiado.
O IBGE retomará as tratativas com o Ministério da Economia para planejamento e promover a realização do Censo em 2022, de acordo com cronograma a ser definido em conjunto com o ME.
Com relação ao processo seletivo dos censitários – Agente Censitário Municipal (ACM), Agente Censitário Supervisor (ACS) e Recenseador – o IBGE anunciará as orientações assim que for possível.”
Em março, logo após o anúncio do corte no orçamento, a presidente do órgão, Susana Cordeiro Guerra, pediu exoneração do cargo. Segundo nota divulgada pelo instituto, a saída foi motivada por questões pessoais e de família.
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