O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, negou que haverá aumento dos juros no financiamento para compra de imóveis para a classe média. Guimarães disse que houve má interpretação de declaração dada por ele ontem (7), após ser sua posse como novo dirigente do banco público.
“Se hoje você tem zero de empréstimo para pessoas de classe média, não vão ser os juros do Minha Casa, Minha Vida. Quem é classe média tem de pagar mais. Ou vai buscar no Santander, Bradesco, Itaú. E vai ser um juro de mercado. A Caixa vai respeitar os juros de mercado”, disse ele em entrevista coletiva na ocasião.
Após participar da cerimônia de transmissão de cargo do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, no Rio, Guimarães afirmou que fez uma constatação matemática, já que o menor juro do mercado no crédito imobiliário é o do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Comparar o Minha Casa, Minha Vida com crédito imobiliário “não é correto matematicamente”, segundo ele. “O menor juro que existe no Brasil para crédito imobiliário é o do Minha Casa, Minha Vida; você querer comparar Minha Casa, Minha Vida com crédito imobiliário para classe média não é correto matematicamente. É óbvio que juros para classe média é maior”, afirmou.
De acordo com o presidente da Caixa, os juros para compra de imóveis do programa são subsidiados e as taxas para a classe média já estão em um patamar mais elevado. Ele reclamou que suas palavras foram distorcidas. Ontem, após a cerimônia de posse no Palácio do Planalto, o novo presidente da Caixa disse que os juros para a classe média seriam o de mercado, e que quem é classe média “tem de pagar mais”.
É óbvio que o juro para a classe média, que não é o MCMV, por definição matemática, é maior. Aí, vocês (a imprensa) trocaram o que falei para dar manchete. Agora, matematicamente, o MCMV para pobre é menor. Foi o que falei”, reclamou nesta terça.
Guedes diz que BB e Caixa foram “vítimas de saques, fraudes e assaltos”