O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro foi de 0,89%, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta, que mede a inflação no país, é a maior para o mês de novembro em cinco anos. No ano, o IPCA já está em 3,13%, e acumula 4,31% nos últimos doze meses
Assim como em meses anteriores, o setor de alimentos e bebidas foi o que registrou maior escalada de preços (1,93%), puxado por alimentos para consumo em casa, que subiram 3,33% – aumento este que pesa mais para famílias pobres. Além disso, transportes (1,33%) e artigos de residência (0,86%) também registraram alta.
Alimentos e bebidas possuem, dentro da metodologia de cálculo do IPCA, o maior peso. Por isso, altas como as do tomate (18,45%), arroz (6,28%), carnes (6,54%), batata-inglesa (29,65%) e o óleo de soja (9,24%) pesaram tanto no cálculo final do índice. Fora de casa, a refeição em restaurante subiu 0,7% no mês.
A alta em transporte foi motivada pela gasolina, que subiu 1,64% na sexta alta consecutiva. Com um peso menor no cálculo da inflação, o etanol subiu ainda mais no mês, chegando a 9,23%. A alta de preços em artigos de residência indica desaceleração, já que o aumento desta classe em outubro havia sido de 1,53%.
Leia também
Todas as regiões metropolitanas pesquisadas apresentaram alta nos preços. A maior alta foi em Goiânia (1,41%), por conta na alta das carnes (9,11%) e da energia elétrica (3,69%) na região. Já o menor índice de inflação foi registrado em Brasília (0,35%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-0,68%) e do aluguel residencial (-0,63%).
> MP que previa venda de ativos da Caixa Econômica Federal perde a validade
> Banco Central mudará apuração do dólar em 2021