O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou setembro com alta de 0,64%, o maior resultado para o mês em 17 anos. O índice, que mede a inflação no país, acumula alta de 1,34% nos nove meses de 2020 e alta de 3,14% nos últimos 12 meses.
A inflação foi puxada, principalmente, pela alta de alimentos e bebidas, que subiram 2,28% no mês.No grupo, as maiores variações foram do óleo de soja (27,54%) e do arroz, que subiu 17,98% no mês.Segundo o IBGE, que promove o cálculo, os dois alimentos já acumulam uma alta nestes nove meses de 51,30% e 40,69%, respectivamente.
Outros alimentos que tiveram alta no período foram o tomate (11,72%), o leite longa vida (6,01%) e as carnes (4,53%). Houve quedas nos preços da cebola (-11,80%), batata-inglesa (-6,30%), alho (-4,54%) e frutas (-1,59%).
Artigos para casa (1%) , transporte (0,7%) e habitação (0,37%) também sofreram alta no período. Após quatro meses em queda, o vestuário apresentou elevação de 0,37% nos preços.
Setores como saúde e gastos com educação foram os que mais apresentaram queda no período. Nos gastos de saúde, a deflação foi motivada por uma queda de 2,1% nos planos de saúde, que contribuiu com -0,1 ponto percentual no IPCA deste mês.
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Todas as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram alta de preços em setembro. Campo Grande teve o maior aumento entre as capitais, de 1,26%, devido a aumentos de carnes, energia elétrica e gasolina. Salvador registrou a menor alta, de 0,23%, devido a uma queda de 6% da gasolina na região.
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